sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Tedo Papa's Cellar a melhor pequena vinícola da Georgia

A outra pequena vinícola, que visitamos na Georgia,foi a Tedo Papa's Wine Cellar, que fica entre Tblisi e Telavi, na vila Khashmi, região de Kakheti.

Só conseguimos chegar nesta vinícola graças ao nosso guia, Misho Davitelashvili, pois quase não se tem informações sobre as localizações das vinícolas.

Lá fomos recebido por Otto Menabdishvili e sua simpática avó Manana, uma senhora muito ativa e que falava apenas o georgiano.

Otto herdou a vinícola de seu avô, que o ensinou tudo sobre a produção de vinho.  Por isto que a vinícola leva o nome do avô.


O neto também frequentou a universidade de Tblisi, onde recebeu informações atualizadas sobre a produção do vinho.

Otto fez uma ampla reforma na adega, que estava abandonada, voltando então a produzir vinho em 2018.

Ele me contou que as uvas são colhidas e selecionadas manualmente e depois colocadas nos kvevri.


A sua produção anual é de 200 garrafas da uva branca Rkatsiteli. Esta é uma uva muito popular na região.

Esta vinícola usa métodos tradicionais da Georgia e usa ainda algumas ferramentas antigas.

Terminada a fermentação, o mosto do vinho fica em contato com as cascas por uma semana. Depois disto o vinho fica no kvevri até o engarrafamento.


O vinho tinto é feito com a uva Khashmi Saperavi e são produzidas 200 garrafas por ano.

Dizem que o rei Tamar, da Georgia ordenou o cultivo da uva Saperavi na região de Khashmi porque lá é  a melhor região para a produção de vinhos Saperavi!

O mosto do vinho fica em contato com as cascas por 10 dias, após a fermentação e também continua no Kvevri.

A simpática senhora Manana fez deliciosos Cachapuris para nos receber e acompanhar a degustação de seus vinhos.

Ela também explicou como se retirava o vinho de dentro dos kvevri.

Antigamente, eles usavam uma canequinha presa à 3 varas, duas delas seguravam a caneca e retiravam o vinho do kvevri. A terceira vara, por sua vez,  girava a caneca para colocar o vinho  retirado do kvevri, dentro de outro vaso.

Degustei os dois vinhos e achei-os aromáticos, secos e equilibrados. O vinho âmbar é mais seco, porém mais leve e fácil de beber do que outros que provei na Georgia, provavelmente por que fica menos tempo com as cascas.

Otto recebe visitas à sua vinícola e cobra 15 Iaris, (5 Us$), incluindo degustação dos seus 2 vinhos e da Chacha (destilado da casca da uva, como a grappa).

O seu processo de comercialização é na própria adega. Os rótulos são escritos apenas em georgiano. Otto me disse que está reformulando os rótulos para facilitar a comercialização.

A sra Manana foi muito gentil e na saída nos presenteou com maçãs, pêssegos e romãs, o que muito me emocionou!

O povo da Georgia é extremamente gentil!



Existe um vídeo no youtube onde Otto conta a história de como construiu sua vinícola. Ela foi considerada a melhor pequena vinícola da Géorgia:
https://1tv.ge/video/artishoki-fermis-agrogmiris-19-wlis-oto-menabdishvilis-mier-aghdgenili-papis-marani-da-qvevrshi-dayenebuli-khashmis-saferavi/?fbclid=IwAR0EKQxHhFHoAXWpfjYXRmRcF72HVH6OFYbxYFXC0OtysFH_UUyWEG7aOIM

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