Só conseguimos chegar nesta vinícola graças ao nosso guia, Misho Davitelashvili, pois quase não se tem informações sobre as localizações das vinícolas.
Lá fomos recebido por Otto Menabdishvili e sua simpática avó Manana, uma senhora muito ativa e que falava apenas o georgiano.
Otto herdou a vinícola de seu avô, que o ensinou tudo sobre a produção de vinho. Por isto que a vinícola leva o nome do avô.
O neto também frequentou a universidade de Tblisi, onde recebeu informações atualizadas sobre a produção do vinho.
Otto fez uma ampla reforma na adega, que estava abandonada, voltando então a produzir vinho em 2018.
Ele me contou que as uvas são colhidas e selecionadas manualmente e depois colocadas nos kvevri.
A sua produção anual é de 200 garrafas da uva branca Rkatsiteli. Esta é uma uva muito popular na região.
Esta vinícola usa métodos tradicionais da Georgia e usa ainda algumas ferramentas antigas.
Terminada a fermentação, o mosto do vinho fica em contato com as cascas por uma semana. Depois disto o vinho fica no kvevri até o engarrafamento.
O vinho tinto é feito com a uva Khashmi Saperavi e são produzidas 200 garrafas por ano.
Dizem que o rei Tamar, da Georgia ordenou o cultivo da uva Saperavi na região de Khashmi porque lá é a melhor região para a produção de vinhos Saperavi!
O mosto do vinho fica em contato com as cascas por 10 dias, após a fermentação e também continua no Kvevri.
A simpática senhora Manana fez deliciosos Cachapuris para nos receber e acompanhar a degustação de seus vinhos.
Ela também explicou como se retirava o vinho de dentro dos kvevri.
Antigamente, eles usavam uma canequinha presa à 3 varas, duas delas seguravam a caneca e retiravam o vinho do kvevri. A terceira vara, por sua vez, girava a caneca para colocar o vinho retirado do kvevri, dentro de outro vaso.
Degustei os dois vinhos e achei-os aromáticos, secos e equilibrados. O vinho âmbar é mais seco, porém mais leve e fácil de beber do que outros que provei na Georgia, provavelmente por que fica menos tempo com as cascas.
Otto recebe visitas à sua vinícola e cobra 15 Iaris, (5 Us$), incluindo degustação dos seus 2 vinhos e da Chacha (destilado da casca da uva, como a grappa).
O seu processo de comercialização é na própria adega. Os rótulos são escritos apenas em georgiano. Otto me disse que está reformulando os rótulos para facilitar a comercialização.
A sra Manana foi muito gentil e na saída nos presenteou com maçãs, pêssegos e romãs, o que muito me emocionou!
O povo da Georgia é extremamente gentil!
Existe um vídeo no youtube onde Otto conta a história de como construiu sua vinícola. Ela foi considerada a melhor pequena vinícola da Géorgia:
https://1tv.ge/video/artishoki-fermis-agrogmiris-19-wlis-oto-menabdishvilis-mier-aghdgenili-papis-marani-da-qvevrshi-dayenebuli-khashmis-saferavi/?fbclid=IwAR0EKQxHhFHoAXWpfjYXRmRcF72HVH6OFYbxYFXC0OtysFH_UUyWEG7aOIM
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