terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Uvas da Georgia testadas no país para serem produzidas em Marte

O Washington Post publicou recentemente um artigo sobre o projeto IX Millennium. Este artigo revela que uma equipe da Geórgia está fazendo experiências com variedades de uvas, em solo parecido com o de Marte.


A origem do vinho ainda é discutível nos dias de hoje, mas a Geórgia afirma ser o berço do vinho. Os sinais químicos reveladores do vinho nos potes de cerâmica, descobertos em duas aldeias neolíticas (chamadas Gadachrili Gora e Shulaveris Gora, há cerca de 50 km ao sul de Tbilisi, capital da Geórgia), remontam a 5.980 aC. Anteriormente, a evidência mais antiga de uva em produção de vinho havia sido encontrada nas montanhas Zagros, no Irã e datada por volta de 5.400 a 5.000 aC

O projeto do IX Milênio visa desenvolver videiras que crescerão no Planeta Vermelho. A pesquisa sobre a criação de uma uva amiga de Marte foi feita baseada em vários países, incluindo a Geórgia.

A equipe da Geórgia envolve representantes do Ministério da Educação e Ciência da Geórgia, Universidade de Negócios e Tecnologia, Museu Nacional da Geórgia, Microsoft e Spacefarms (um projeto multidisciplinar e loja de front-end focada em produtos digitais, sistemas de design e branding).

Eles pretendem construir o primeiro Laboratório Urbano Vertical de Estufa na região, no Hotel "Stamba", na Geórgia. O laboratório descobrirá quais uvas prosperarão nas colônias de biomas previstas para Marte. O processo será monitorado pela Business and Technology University, pelo suporte técnico da HP e pela Agência Espacial Européia.
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Os cientistas da Geórgia acreditam que suas uvas brancas se sairão melhor em Marte do que as tintas. Um dos candidatos ao experimento é a uva Rkatsiteli. A casta Rkatsiteli se destaca por sua alta resistência à invernos frios e verões quentes. Em breve, a equipe começará a testá-las quanto à radiação. Eles acreditam que a pele resistente da Rkatsiteli deve sobreviver às tempestades de poeira em Marte. “As brancas tendem a ser mais resistentes à vírus. Então, se supõe que elas s também se sairão bem contra a radiação. A pele delas pode refletir isso. - disse Levan Ujmajuridze, diretor do laboratório de vinha do país.

Contrariamente à crença dos cientistas georgianos, que apostam na variedade branca, as autoridades soviéticas depositaram sua fé no vinho tinto. Após o desastre nuclear de Chernobyl em 1986, eles recomendaram beber vinho tinto ou vodka. Além disso, pesquisadores americanos da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh afirmam que o vinho tinto contém resveratrol, um antioxidante natural que pode proteger as células dos danos causados ​​pela radiação.

Durante o regime soviético, o número de variedades de uvas foi reduzido drasticamente devido às restrições de cultivo, orientadas pelos comunistas. Agora, a Geórgia possui mais de 500 variedades de uvas autóctones, algumas delas não são encontradas em nenhum lugar do mundo. Entre elas: Rkatsiteli, Kikhvi, Kisi, Tsitska, Saperavi, Ojaleshi, Aleksandrouli, Mujuretuli, Aladasturi, etc.

Antes de cultivar variedades de uva da Geórgia em Marte, o Washington Post relembrou a viagem da música folclórica da Geórgia "Chakrulo" ao espaço. Em 1977, a NASA lançou as naves espaciais Voyager 1 e Voyager 2, carregando o famoso "disco de ouro" contendo sons e mensagens da Terra. Apesar do esforço de Moscou de enviar uma música russa para o espaço, foram os sons altos do coro georgiano que venceram!

Washington Post has recently published an article about the IX Millennium project and the Georgian team experimenting on grape varieties and Mars-like soil. The wine origin is still debatable these days but Georgia claims to be the birthplace of wine. Telltale chemical signs of wine in the pottery jars, discovered in two Neolithic villages (called Gadachrili Gora and Shulaveris Gora about 50km (30 miles) south of Tbilisi, the capital of Georgia) dates back 5,980 BC. Previously, the earliest evidence of grape
wine-making had been found in the Zagros Mountains of Iran and dated to 5,400-5,000 BC.
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The IX Millennium project aims to develop grapevines that will grow in the possible Red Planet agriculture pods. The research on creating a Martian-friendly grape has been launched in a number of countries including Georgia.
The Georgian team involves the representatives of Ministry of Education and Science of Georgia, Business and Technology University in Georgia, Georgian National Museum, Microsoft and Spacefarms (a multidisciplinary design and front-end shop focused on digital products, design systems, and branding).
They intend to build the first Urban Vertical Greenhouse Laboratory in the region in the Hotel “Stamba” in Georgia. The laboratory will figure out which grapes will thrive in the biodome colonies envisioned for Mars. The process will be monitored by Business and Technology University, HP technical support and the European Space Agency.
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Georgian scientists believe white grapes will fare better on mars than red ones. One of the candidates for the experiment is Rkatsiteli. The Rkatsiteli grape variety is distinguished by its high resistance to cold winters and hot summers. Soon the team will embark on testing them for radiation. They believe Rkatsiteli’s sturdy skin should survive the dust storms on Mars.
“Whites tend to be more resistant to viruses. So I’d imagine they’ll do well against radiation, too. Their skin could reflect it.” - said Levan Ujmajuridze, director of the country’s vineyard laboratory.
rkatsiteli
Contrary to the Georgian scientists’ belief in white variety, Soviet officials laid their faith in red wine. In the aftermath of the 1986 Chernobyl nuclear disaster, they recommended drinking red wine or vodka. Moreover, American researchers at the University of Pittsburgh School of Medicine claim that red wine contains resveratrol, a natural antioxidant that can protect cells from radiation damage.
During the Soviet regime, the number of grape varieties was dramatically reduced due to the communist-driven cultivation restrictions. Now Georgia boasts more than 500 varieties of indigenous grapes, some of them are not found anywhere in the world. They include Rkatsiteli, Kikhvi, Kisi, Tsitska, Saperavi, Ojaleshi, Aleksandrouli, Mujuretuli, Aladasturi, etc.
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Before Georgian grape varieties are grown on Mars, the newspaper recalled the voyage of the Georgian choral folk song “Chakrulo” to space. In 1977, NASA launched the Voyager 1 and Voyager 2 spacecrafts, carrying the famous “golden record” containing sounds and messages from Earth. Despite Moscow’s endeavor to send a Russian song to space, the soaring sounds of the Georgian choir won.

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