sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Descobrindo o Chile

Comecei a entrar no “Mondovino”, creio que na minha segunda viagem ao Chile, em outubro de 2005.
Estive no Chile pela primeira vez em 1989, quando fizemos uma excursão de Santiago até a travessia dos lagos, atingindo Bariloche, na Argentina.
Com uma das paisagens mais bonitas do mundo, o Chile merece ser conhecido em maiores detalhes. A excursão de travessia dos lagos é muito bonita, mas por ser uma excursão não dá liberdade de adentrar melhor as belezas do país, fora do roteiro.
 Foto: Vulcão Ozorno
Iniciamos a viagem por Santiago, uma cidade ampla e moderna, com largas avenidas. Da cidade tem-se a visão gelada da cordilheira, um pouco escondida pela poluição desta capital.
Foto: Santiago cordilheira encoberta pela poluição
Lá passei o meu aniversário daquele ano, jantando no restaurante “Aqui está coco”. Apreciei um prato da deliciosa “centolla”(carangueijo enorme), apresentado de forma deslumbrante, sobre uma taça cheia de gêlo. O vinho era um Casa Lapostole Sauvignon Blanc, que harmonizou perfeitamente com o prato.
Foto: La Chascona
Como em vários pontos do Chile, Santiago também tem uma casa onde Neruda viveu, chamado La Chascona (descabelada), em homenagem à sua mulher. Não pudemos conhecê-la, pois estava fechada no dia que passamos por lá.
Passeamos pelos pontos turísticos da capital, como o Cerro Santa Lúcia e o Mercado municipal, onde pudemos ver os frutos do mar do pacífico sobre as bancas. Entre eles, vimos alguns animais bem estranhos, como por exemplo um caramujo chamado “picoroco”, de aparência duvidosa, mas com delicioso sabor, como dizem os que tem coragem de prová-lo.
Foto: Acensores de Valparaiso
Em seguida fomos ao litoral, com os seus balneários famosos como Viña del Mar e a portuária cidade de Valparaiso. Dentre estas duas, preferi a colorida Valparaiso, com seus ascensores para a cidade alta. É a meu ver a cidade mais interessante deste pedaço.
 Foto: Isla Negra
Fomos também conhecer outra casa de Neruda, em Isla Negra, que apesar do nome, ficava no continente, pois diziam que Neruda tinha medo do mar.Por esta razão, seu barco ficava ancorado na terra.
O local foi transformado num museu, com os objetos pessoais de Neruda, e todo seu exotismo e encanto.
 Foto: Coleções de Neruda
Nos dirigimos então à vinícola Santa Rita, onde tinha agendado uma visita seguida de um almoço.
Segunda vinícola do Chile, logo atrás da Concha e Toro, Santa Rita produz uma grande gama de vinhos, sendo 10% de sua produção destinada a exportação.
A Linda sede desta vinícola parecia uma grande casa espanhola, com um pátio central florido e com uma fonte no centro.
Foto: Sede da Sta. Rita
Participamos ali de uma degustação, onde descobri que nestes eventos não são servidos os seus vinhos top.
O primeiro erro da viagem começou em seguida, quando descemos para a cidade de San Fernando, no centro do vale de Colchágua, um dos mais importantes centros produtores de vinhos do Chile.
Foto: Cabaña del Patron
Descobrimos que os bons e caros hotéis ficavam nos importantes centros, restando apenas motéis bem simples no caminho. Ficamos num motel chamado “Cabañas del patron”, um lugar bem precário, escolhido apenas pelo cansaço da viagem,
Depois nos hospedamos num imponente custoso e confortável hotel, chamado “Santa Rita,” num vilarejo onde existia um museu histórico da região.
Esta região é rodeada de vinícolas, que podem ser visitadas de forma independente, ou seja sem excursão.  Através de excursão fica mais caro.
Visitamos a vinícola Viu Manent, onde se pagava uma taxa para visitação e degustação, que também não incluia os Top. 
 Foto: Vinho em processamento
Lá tive oportunidade de provar um vinho ainda em processamento. Isto foi uma experiência interessante.
 Foto: Vinhedos da Viu
Na Viu Manent, uma vinícola bem menor que a Santa Rita, a exportação gira em torno de 90% da sua produção. Lá também tivemos um almoço, com vinho produzido pela Viu.
No dia seguinte partimos para a cidade de Pucon, que fica do lado do vulcão e do lago Villarrica, que nos dava uma vista enebriante.
Foto: Vulcão Villarica
Subimos um trecho do vulcão Vilarrica, onde havia uma estação de esqui e um passeio dentro do canal formado pelo seu magma.
Foto: Canais do vulcão
Lá soubemos que o vulcão ainda é ativo e que existe todo um sistema de alerta de erupção, podendo inclusive chegar ao ponto de evacuação da cidade.
 Foto: Termas de Huife
No dia seguinte nos dirigimos à Terma de Huife, com seus chalés, e piscinas aquecidas por águas de subsolo.
Lá existiam 3 piscinas, com águas em temperatura crescente, onde mergulhávamos, caindo depois no rio de águas geladas das montanhas nevadas.
Foto: rio das termas
Partimos para Puerto Varas, na beirada do lago Llanquihue. Conhecemos também os saltos de Petrohue que  seguem em direção a travessia dos lagos para o lado Argentino.
 Foto: Petrohue
Do hotel tínhamos a deslumbrante vista para o lago e para o extinto vulcão Ozorno, com seu pico nevado.
Foto: Vulcão Ozorno
Visitamos o porto pesqueiro na próxima cidade de Puerto Montt, onde, num local muito simples, pudemos provar a Centolla e uma peixada de Congrio rosa, uma experiência inesquecível.
 Foto: Porto de Puerto Mont
Pegamos um pouco de chuva no sul do Chile, que é uma reigão de alto índice pluviométrico.
Voltamos de avião para Santiago e depois para o Brasil, deixando o carro lá no aeroporto de Puerto Montt, no sul.
O carro utilizado, alugado da Hertz só me deu azar. Além de seu alto custo referente ao retorno, o carro veio cheio de raspadas, e por duas vezes tive que chamar o guincho, pois ele não pegava. Por estas e outras complicações, evito alugar carros da Hertz.

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