Cortona é uma cidade originariamente da Úmbria, que foi conquistada e expandida pelos etruscos, no século V AC, passando posteriormente para a Toscana.
É uma das mais antigas e belas cidades das colinas da Toscana, com uma linda vista do vale Valdichiana. Muito poderosa na idade média,esta cidade foi capaz de se defender de Siena e de Arezzo.
Hoje em dia é um atraente labirinto de ruas antigas e construções medievais.
Saindo de Urbino em direção a Cortona, enfrentamos uma difícil serra, e estradas que serpenteavam pelos morros, (acima do ”Valtiberina”), onde mal passavam dois carros de uma vez.
Cruzamos os Apeninos pelo ”Passo Bocca Trabaria”, que fica a 1.049m de altitude, ponto mais alto para cruzar esta cadeia de montanhas.
Apanhamos um bocado até encontrarmos o hotel que ficava do lado de fora da cidade.
Este hotel foi escolhido devido à dificuldade de se locomover de carro em cidade murada, da mesma forma que em Urbino.
Depois de quebrar a cabeça, encontramos um simpático senhor que nos ajudou, apesar do seu difícil linguajar local.
A Checkout, minha operadora de viagem, conseguiu o magnífico Hotel Relais Borgo San Pietro (http://www.borgosanpietro.com/), pelo preço de €89, uma pechincha. Ele fica no meio do campo, num luxo só, desde a pomposa recepção, ao café, que é servido num gazebo, no meio de seus bosques e a piscina muito bem localizada.
O café era uma delícia: presunto cru com croissant, frutas, geleias de frutas naturais, chás e um delicioso café expresso.
Lá conhecemos Luciane, brasileira que trabalha no Borgo, facilitando a nossa estadia.
Á noite fomos conhecer e jantar em Cortona e continuamos nos encantando com as cidades medievais.
Fomos ao restaurante Logiatto, na Piazza Centrale, com uma bela vista da Palazzo Comunale. Lá comemos: como entrada, figos caramelados com pignolis e queijo pecorino, e como pratos principais: tagliatelli com tartufo e ravióli com fungui porcini, uma viagem de sabores e aromas.
Bebemos o delicioso vinho Smegriglio, da uva Syrah, da vinícola Baracchi, produzido na região de Cortona, que custou 18€. O mesmo vinho aqui custaria R$135,00, e é importado pela Enoteca Splendore.
Voltamos para o Borgo, onde abrimos um vinho que eu tinha comprado durante o dia para tomarmos junto com pão, presunto cru e queijos.
No dia seguinte voltamos à cidade de Cortona para passearmos e fotografarmos um pouco mais.
Atravessamos os muros da cidade, construídos na época dos Etruscos.
Estivemos na Via Nazionale, a principal da cidade, denominada Ruga Piana, por ser a única rua plana da cidade.
Passamos pelo Palazzo Communale, na Piazza dela Repubblica e pelo Teatro Signorelli, na bela Piazza Signorelli, onde tomamos um delicio expresso.
Cortona tem igrejas de vários princípios de construção da Renascença: Santa Maria Nuova, de 1554, construida por Giorgio Vasari, com uma aparência medieval e Santa Maria dele Grazie, de 1484, projetada por Francesco Martini. Existe também a igreja di Santangolo a Meteliano, cuja estrutura é da época do império romano.
Fomos almoçar no restaurante Preludio, no centro de Cortona, onde onde comemos: Risoto de Funghi e Tartufo, e uma Faraona (galinha de angola) farcis, com trufas, pera ao barolo e queijo talegio; inesquecível.
O prato foi acompanhado do vinho Sagrantino de Montefalco San Fortunato. Sua cor é rubi, tendendo para granada. Seu aroma é intenso, com notas de amora. Na boca ele é levemente tânico, uma delícia.
Provamos também um sorvete de figo e ricota e outro de chocolate amargo simplesmente divinos!.
Satisfeito com o passeio, visitamos um lugar chamado La Celle,monastério onde São Francisco morou. Um lugar bucólico, no meio da natureza, pleno de paz!
De lá partimos em direção a Spoletto.
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