segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Visita à Vinícola de Arnaldo Caprai - Umbria - Itália

De Orvieto me dirigi a Montefalco, ainda na Úmbria, para visitar a vinícola de Arnaldo Caprai, com seus renomados vinhos: Rosso de Montefalco e Sagrantino de Montefalco. 

Arnaldo Caprai tem uma fazenda líder na produção do vinho Sagrantino de Montefalco, usando técnicas experimentais para produzir vinhos potentes elegantes e com forte personalidade. Sua cantina foi eleita pelo guia ”Gambero Rosso” como a cantina do ano de 2006.

Apesar da distância ser de 80km de Orvieto, guiados pelo GPS, levamos quase 2 horas para chegar. A estrada era estreita, cheia de curvas e passava por regiões do campo.

Chegando na propriedade nos surpreendemos pela sua modernidade, pouco comum na região.
Arnaldo Caprai foi o produtor que conseguiu a consagração do Sagrantino, talvez o melhor vinho da Úmbria, através da utilização de métodos modernos de plantio e produção.

A uva sagrantino é de uma espécie única e cresce exclusivamente no território de Montefalco, por mais de mais de quatrocentos anos.
A bela propriedade é rica em frutas, como romãs, e uma admirável organização.

Começamos a visita pelas plantações, onde vimos, uma área experimental, onde várias formas de plantio estavam sendo testadas.

Nossa guia explicou que a uva sagrantino é muito delicada, sendo difícil o seu cultivo.
Como não notei a presença de roseiras como indicação de pragas, perguntei por que não usavam a técnica.

Recebi a explicação de que existem, espalhadas pelas plantações, estações termais que indicam a presença de umidade, e temperaturas que aumentam a chance de pragas, que são espantadas sem a utilização de agrotóxicos.
Em seguida passamos pela moderna cantina com cubas de aço inoxidável com controle de temperatura, para o processo de fermentação. Notei que, para amadurecimento do vinho, são usados 10% de barris grandes da Eslavônia e 90% de barricas pequenas francesas.
Partimos para a sala de degustação, numa sala bem moderna.

A sala fica em cima do depósito de garrafas de vinhos, com um piso de vidro onde podemos observá-los dormentes.

Na mesma sala haviam exemplares de solos das plantações e suas estruturas.
Iniciamos com o Rosso Outsider, feito com 50% de uva Merlot e 50% de Cabernet Sauvignon. Era um vinho gostoso mas nada surpreendente. Combina bem com as massas, queijos maduros e salames.
Partimos para o Rosso de Montefalco, feito com 70% da uva Sangiovese, 15% de Sagrantino e 15% de Merlot. Achei o vinho muito bom e pronto para ser bebido. Combina com massas de molho intenso, carnes vermelhas e brancas, salames e queijos curados.
Finalmente provamos o Sagrantino de Montefalco, que tem o nome de Sagrantino que, por hábito, ele era bebido na semana santa. Este vinho é feito com 100% de uva Sagrantino. Achei gostoso, porem muito novo para ser bebido. Comprei um para envelhecer uns anos na minha adega.
O vinho sagrantino combina bem com assados, carnes vermelhas, caças e queijos maduros.
Junto com os vinhos tivemos pão com o azeite delicioso da mesma propriedade. Não resisti e levei uma lata de azeite também.
Sai um pouco decepcionado com a recepção tão formal, bem diferente da Allegrini. Esperava na Úmbria uma instalação mais integrada com a região e um atendimento menos formal.
De Montefalco partimos para Firenze, na Toscana.
Finalizando informo que: os vinhos deste produtor são importados no Brasil pela World Wine (fone:0800-721-8881).

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