Do Algarve, fomos para a cidade de Évora,
que fica na região do Alentejo e é a única cidade portuguesa que faz parte da
rede de cidades europeias mais antigas.
O seu centro histórico bem preservado é um
dos mais ricos monumentos de Portugal, sendo declarado, em 1986, Patrimônio
Mundial pela UNESCO.
Évora foi sede das tropas do general romano
Sertório, que se uniu aos Lusitanos, enfrentando o poderio de Roma.
Na época da dominação muçulmana, a cidade
teve seu esplendor político e econômico, graças a sua localização privilegiada.
Nesta época foram construídas muralhas, um alcácer e uma mesquita na acrópole
romana.
Entre os séculos XIII e XIV foi construída
a Sé Catedral de Évora, uma das mais importantes catedrais medievais
portuguesas, no estilo gótico.
Lá existe também a igreja de São Francisco,
com sua capela de ossos, onde a parede foi construída com ossos incrustados.
(alguns monumentos em Évora fecham no domingo, o que limita a visitação dos
turistas).
As principais praças da cidade são: Praça
do Giraldo, o Lago das Portas de Mouro e o Rossio.
O Alentejo é famoso por seus vinhos de alta
qualidade, sendo junto com o Douro, uma das regiões mais importantes de
Portugal na produção de vinho.
Nesta cidade dá para sentir como houve
influência portuguesa no Brasil. No centro encontramos tipos e caras conhecidas
como aquelas que vemos no Brasil, como por exemplo, o simpático desocupado que
bate papo com os conhecidos da mesa, recebendo comida e bebida.
Fomos indicados a fazer uma refeição no
restaurante Fialho, que nasceu em 1948, e é um dos mais recomendados da região.
Nos deparamos então, com magníficos pratos tradicionais da região, como a
”favada real da caça” e a ”poejada de bacalhau”.
A experiência foi divina! Comemos um belo
prato de bacalhau acompanhado pelo vinho do Alentejo, o Pera-Manca Branco, que
harmonizou perfeitamente!
Nesta cidade senti dificuldades com a
língua portuguesa de Portugal. Na cidade existiam diversas placas de
restaurante com o prato “borrego”. Fiquei pensando o que seria isso, um burro
pequeno? Descobri depois que o borrego é o filhote do carneiro.
Aproveitamos para conhecer os monumentos da
cidade, como o aqueduto romano, sua catedral e o templo de Diana.
Como era fim de semana, a capela dos ossos
estava fechada e infelizmente não pudemos conhecê-la.
De Évora voltamos para a Espanha, tendo
como destino a cidade de Salamanca que estava ali pertinho.
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