Numa viagem que fiz para Itália, um dos
destinos que fiz era rumo a bem falada Costa Amalfitana, que fica na região da
Campania, no mar Tirreno.
Sendo uma região turística e cultural da
Itália, esta região foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, e assim
citada:
”A costa de Amalfi é uma beleza natural. Ela tem sido
fortemente povoada desde o início da Idade Média. Inclui uma série de
cidades como Amalfi e Ravello, e casas de arquitetura e trabalhos artísticos
especialmente notáveis. Ali as pessoas aproveitaram da crescente
diversidade dos terrenos, desde as vinhas e pomares nas encostas mais baixas,
até as pradarias no planalto, para cultivarem as terras”.
A Costa Amalfitana abrange o território histórico da República de Amalfi, uma das repúblicas
italianas marítimas que dominaram o Mediterrâneo em torno do século XII . Leva
o nome de sua maior cidade, Amalfi,
a histórica capital da república, que chegou a abrigar uma população de 70.000
habitantes, agora convertido em um destino turístico pequeno e belo. Também
é digno de nota, as cidades costeiras de Positano e Ravello,
dois principais destinos de férias escolhidos pelo "jet set". As
cidades costeiras estão ligadas por uma sinuosa e estreita estrada.
A área desta região tem sido um destino turístico desde os dias do Império
Romano. Muitos artistas e figuras públicas escolheram
esta costa, incluindo Giovanni Boccaccio (que faz alusão a ela no Decameron ), Richard Wagner (que foi inspirado em Ravello para criar o cenário de Parsifal ), MC
Escher ,Greta Garbo ou John Steinbeck (que em 1953 escreveu Positano , um romance que caracteriza esta cidade). Em Amalfi o dramaturgo
norueguês e poeta, Johan Henrik Ibsen escreveu sua obra mais importante, A Casa de
Bonecas (1879).
Além disso, em Maiori , Roberto Rossellini , um dos mais importantes diretores do neo-realismo, rodou vários
filmes como Paisà (1946), O ammazzacattivi
macchina, Viaggio in Italia (Viagem na Itália), com Ingrid
Bergman . Em 2007, a filha de Roberto, a
atriz Isabella Rossellini , foi nomeada cidadão honorário de Maiori .
O poeta italiano, Renato Fucini , escreveu sobre este lugar: "O Dia do Juízo, para os
amalfitanos, será um dia como qualquer
outro, uma vez que já estão no Paraíso."
Quanto a minha viagem posso dizer que ao chegarmos
em Roma, fomos de avião direto para Nápoles.
De lá partimos para Sorrento, pois
todos nos diziam que Nápoles era uma cidade perigosa.
No caminho já começamos a entrar no
espírito italiano. O trânsito estava bem parado e achávamos que havia algum
acidente no local. Logo após a passagem de um túnel, descobrimos o mistério: nada
de acidente, a estrada que era de via simples, sem acostamento, tinha um certo
trânsito pois os italianos paravam no meio dela para comprar sorvetes,
atrapalhando a movimentação dos carros.
Comportamento típico dos irreverentes
italianos.
Em Sorrento, ficamos no gracioso Hotel
Regina (http://hotelreginasorrento.com/), próximo à encosta e com uma divina
vista para o mar e para a baia de Nápoles, com um pomar cheio de pés de limão
siciliano.
Encantados com a vista, fomos até a escarpa
que se debruça sobre o mar. Lembramos muito da música ”torna Sorrento”, que
fala da ”terraça sul mare”.
A cidadela é uma graça, cheia de porcelanas
pintadas nas mais diversas cores e motivos.
Abaixo da escarpa ficavam os decks, de onde
os turistas pulavam ao mar, uma vez que a cidade não tem praia, apenas um
costão.
O café da manhã neste hotel era servido no
restaurante que ficava na cobertura do prédio, convidando às refeições, com
aquelas comidas maravilhosas e a vista mais deslumbrante ainda.
Passando por uma loja na cidade, vi uma
compota de ”baba ao rum”. Minha esposa insistiu em comprá-la, o que fiz
contrariado, pois a viagem estava só iniciando e aquele incômodo recipiente iria
ser um peso em nossa bagagem. Posteriormente no Brasil, abri aquela iguaria e
me arrependi de não ter trazido mais.
Provamos lá as passas ao rum, que eram
gostosas mas bem inferiores à baba. Noutra ocasião provei também a baba ao
limoncelo, mas esta não era tão gostosa quanto a baba ao rum.
Como o calor estava intenso, bebi e me
deliciei repetidas vezes com o ”limoncello”, que é um licor de limão (de
Sorrento), típico do golfo de Nápoles.
Depois de confirmar que a cidade era muito
agradável, partimos para Positano, levando conosco a bela imagem daquele
paraíso!
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