Resolvi conhecer o restaurante Santovino (Alameda
Lorena 1821 fone: 3061.9787) quando descobri que a chef da sua cozinha veio do
Due Cuocchi.
Na primeira vez que estive lá, provei um almoço executivo durante a semana e gostei
muito.
A instalação do Santovino é bonita e muito
agradável. Há ali uma ampla varanda aberta para a rua.
Fiquei impressionado com a carta de vinhos
do local, com aproximadamente 2.500 rótulos. Nesta carta constava o vinho Amarone
de Giuseppe Quintareli, que custava por volta de R$2.000,00. Até então, eu nem
sabia que existia um Amarone com preço tão alto.
A Sommellière que trabalhava na casa nesta
época, era Eliana Araujo. Ela me levou para conhecer a linda adega Do
Santovino, que fica em seu subsolo. Eliana agora está trabalhando na
importadora Grand Cru.
Quem estava à frente da cozinha era Soraia
Barros, que trabalhou no Pomodori e no Due Cuochi, referências da boa comida em
São Paulo. Agora a cozinha do Santovino está nas mãos de Ernesto Soares.
Recentemente voltei ao Santovino num destes
domingos e a carta de vinho continuou me impressionando, pois nela havia um
Chateau Petrus por R$22.000,00.
Desta vez pedi um prato que aprecio muito,
lula recheada com polvo, em meio a um risoto de arroz negro. Achei o prato gostoso, com a lula no ponto
certo, porém faltando tempero.
Até a hora que saí, a Sommellière não tinha
chegado, ficando a indicação do vinho ao encargo dos garçons que pouco
entendiam do assunto, apesar de serem atenciosos.
Para acompanhar, tomei uma taça de Novas
2009, das uvas Carmenere (85%) e Cabernet Sauvignon, produzido no Vale do
Colchagua, no Chile. Este é um vinho produzido com técnicas biodinâmicas e orgânicas.
Era um tinto leve, que acompanhou bem o prato. Este vinho ficava em máquina, com
suas características bem conservadas. Ele é importado pela Elegance Vinhos
(2369.0828) por R$51,30, sendo que sua taça custava R$20,00, ao meu ver, um preço
exorbitante.
Fazendo assim, os restaurantes inibem o
consumo de vinho no Brasil, o que acho um absurdo.
Como sobremesa pedi um petit gateau de limão
siciliano que estava muito doce e sem a típica acidez do limão.
Esta segunda visita não foi tão boa como a
primeira que fiz.
Desconfio que isto possa ser resultado da troca de
importantes elementos de um restaurante: o chef de cozinha e o sommelier.
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