Participei de degustação de vinhos da
Odfell, de origem norueguesa, produzidos no Chile.
A apresentação dos vinhos
ficou no encargo do enólogo Laurence Ward Odfjell,
proprietário da vinícola chilena, que conduziu uma degustação vertical
de um dos seus rótulos mais renomados, o Aliara. Na ocasião, foram degustadas
as safras 2001, 2005, 2007, 2008, 2009 e 2010, que marcou os 10 anos de
história da vinícola.
A vinícola iniciou o
plantio de uvas em 1994 e possui hoje 85 hectares de plantação em Maipo.
Atualmente eles tem suas
vinhas localizadas também em: Cauquenes, Lontué e Colchagua, somam 115 hectares
de cultivo de uma grande variedade de castas, como a Carignan, Syrah, Malbec , Cabernet
Sauvignon, Merlot, Carmenère e Cabernet Franc.
A adega é centralizada no
Maipo, sendo as uvas transportadas em caixas de 400kg, à noite, para aproveitar
o clima frio e não comprometer sua qualidade.
Dentro do conceito de
sustentabilidade, a adega tem 60% de sua área construída debaixo da terra.
As vinhas da chilena Odfjell
são 100% orgânicas. Recentemente, a vinícola começou a trabalhar dentro do
conceito de agricultura biodinâmica.
O vinho degustado nesta
ocasião foi o Aliara de 6 safras, sendo sua composição:
2001: Cabernet Sauvignon
(80%), Merlot (17%) e Carignan (2%).
2005: Carignan (45%),
Malbec (22%), Syrah (22%) e Cabernet Sauvignon (11%).
2007: Carignan (35%),
Malbec (26%), Syrah (29%) e Cabernet Sauvignon (10%).
2008: Carignan (30%),
Malbec (20%) e Syrah (50%).
2009: Carignan (30%),
Malbec (20%), Syrah (35%) e Cabernet Sauvignon (10%).
2010: Carignan (32%),
Malbec (26%), Syrah (22%) e Cabernet Sauvignon (20%).
Estes vinhos ficam por 14
meses em barril de carvalho, com leve tosta apenas nas laterais dos barris. De
acordo com Laurence, o objetivo é deixar o vinho mais aveludado, além de
respirar é claro.
Quanto à cor, a safra 2001
é mais clara e brilhante, sendo as seguintes de cor mais intensa.
Os aromas apresentam couro,
tabaco e um leve mentolado.
Na boca o vinho é
equilibrado, intenso, persistente e delicado.
Gostei de todas as safras,
com diferenças marcantes da 2001, cuja intenção do proprietário era a de fazer
um corte bordalês.
Das safras atuais, me
chamou a atenção a 2008, sendo que os vinhos das safras 2009 e 2010 requerem mais
envelhecimento.
O simpático Laurence me explicou que
iniciaram as plantações no Maipo, com mais Cabernet Sauvignon, mas com o tempo,
acharam que o terroir se adequava mais a outras castas. Eles foram então, corrigindo
o corte à proporção das safras mais recentes.
Para ilustrar mais o conceito de seus
vinhos, Laurence serviu os Orzada das cepas Syrah e outro da Carignan,
mostrando que a cepa Carignan limpa bem o palato, o que nos dá mais vontade de
beber.
O vinho da cepa Syrah também me agradou bastante.
Foi servido também o Family Saga 2009
(Syrah 40%, Carignan 30% e Cabernet Sauvignon), que é um vinho bem estruturado
e complexo.
O encontro foi muito interessante e eu pude
conhecer mais os produtos da vinícola, que por sinal, oferecem uma boa relação
custo / benefício.
Agradeço à World Wine e à Suporte
Comunicações, pelo convite.
O portfólio da Odfell na World Wine é assim
composto:
Linha Babor,
do Valle del Maipo, que custa R$30,50:
Sauvignon Blanc 2011, Carmenère 2010,
Cabernet Sauvignon 2011 e Merlot 2012.
Linha Armador,
do Valle de Casablanca, que custa R$49,80:
Sauvignon Blanc 2012, Carmenère 2011 (DES
90), Cabernet Sauvignon 2010 e Syrah 2009 (DES 86).
Ironia, rosé 2010, feita em Cauquenes, com a cepa Carignan, que custa R$52,80.
Capítulo 2010 produzido do Valle del Maule e custa R$65,00 (DS91).
Linha Orzada,
que custa R$82,30 e obteve as pontuações:
Cabernet Franc 2011 (Maule) (DES 90),
Cabernet Sauvignon 2010 (Casablanca), Carignan 2010 (Maule) (DES93 e RO 88),
Carmenère 2011 (Maule) (DES 90), Malbec 2009 (Curicó) (RP 90, WS 87 e DRES 88) e
Syrah 2007 (Maipo) (WS88).
Linha Blends:
Winemaker’s Travesy 2009, que custa R$97,50
(DES 93).
Family Saga 2009, que custa R$131,00
(DES90).
Linha Ícones:
Aliara 2009, que custa R$147,20 (DES 93).
Odfell 2007, que custa R$283,20 (WS 89).
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