A vinícola Montenisa fica no coração da região de
Franciacorta, ao sul do lago Iseo. Esta propriedade tem 60 ha de vinhas, além
de um antigo complexo de imóveis. (https://www.youtube.com/watch?v=kW-LzDVhlMs)
O edifício mais importante deste complexo é o Palazzetto
Maggi, construído no século XVI e restaurado em 1530.
Faz parte deste complexo também, a igreja de Santo Stefano,
que fica no meio das vinhas.
A Franciacorta se refere, ao mesmo tempo, a uma área
geográfica, um vinho e um método de produção.
O solo da região ali é rico de minerais, além de fértil e
bem drenado, sob um clima ventilado e temperado.
A zona vinícola recebeu a denominação DOC, onde é produzido
o espumante Franciacorta. O vinho, que passa pela segunta fermentação em garrafa,
recebe a denominação de DOCG Franciacorta.
O primeiro e único Brut italiano DOCG, com obrigação de ser
feita a segunda fermentação natural em garrafa, teve o início da sua produção
em 1995.
Do lago Iseo, segui para a vinícola, onde, avistei uma bela
casa, com afrescos pela parede.
Fui recebido pela Sra. Barbara Copler, que me levou a
passear pela propriedade, onde haviam canteiros com diferentes clones de cepas
de uva.
Dentro do prédio maravilhoso, conheci suas diversas salas
com tapeçarias e afresco. Depois me dirigi para a área de produção dos
espumantes.
Passamos primeiro pela cave, onde os vinhos envelheciam em
barricas, numa área que fica abaixo da casa principal, com temperatura
controlada.
Em seguida conheci a área onde ficam as cubas de aço inox, onde
é feita para a primeira fermentação de parte das uvas.
Inúmeras garrafas ficam neste subsolo fresco, aguardando a segunda
fermentação, sendo giradas diariamente neste processo.
Depois, partimos então para a divina sala de degustação, com
uma antiga lareira rodeada de mais afrescos pelas paredes e tetos.
Os espumantes degustados nesta ocasião foram:
Montenisa Brut, feito com as cepas Chardonnay, Pinot Bianco
e uma pequena quantidade de Pinot Nero. A sua primeira fermentação foi feita em
cubas de aço inox e uma parte em barrica, e a segunda fermentação ocorreu em
garrafa. Os levedos permanecem por um período de 30 meses, exaltando os
perfumes de pêssego, mel e brioche. Sua cor é amarelada com reflexos dourados e
sua perlage é persistente e fina. Na
boca traz uma sensação de frutas maduras, com muita vivacidade.
O segundo espumante degustado foi o Montenisa Rosé,
produzido com a cepa Pinot Nero, com muita personalidade e um aroma delicioso.
Este vinho fica sob o levedo por um período de 30 meses, após a primeira
fermentação em aço inox e barrica. A sua cor rosada é bonita e sua perlage é fina e persistente. Na boca
ele é pleno, complexo, saboroso e equilibrado.
Montenisa Cuvée speciale que usa as cepas Chardonnay e Pinot
Bianco e passa por 24 meses na sua segunda fermentação. Sua remuage é feita manualmente e após a dégorgemente, a garrafa descansa por um
período de 3 meses antes de ir ao mercado. Tem uma cor levemente amarelada e
uma perlage fina e persistente. É um
vinho fresco, com boa estrutura e fragância.
Montenisa Satèn, da cepa Chardonnay, tem sua primeira
fermentação em barrica e em aço inox. A segunda fermentação é feita na garrafa,
seguida de um período de repouso de 30 meses com a levedura. Seu delicado aroma
é de flores brancas e tem bom equilíbrio. A cor é amarela palha com reflexos
dourados. Sua espuma é densa e sua perlage delicada, fina e persistente. Tem um
sabor pleno e complexo, vivacidade e frescura.
Foi muito interessante conhecer os espumantes Franciacorta
na sua zona de produção! Isto enriqueceu meus conhecimentos a respeito destes
vinhos, que nada ficam a dever aos melhores espumantes do mundo!
Agradeço à Winebrands e ao meu amigo Johnny Mazzilli que me
proporcionou esta visita!