sábado, 14 de maio de 2016

Gambero Rosso, guia de Vinhos da Itália 2016 em São Paulo

Gambero Rosso - Top Italian Wines Roadshow 2015/2016

Segundo Lorenzo Ruggeri (editor internacional do gambero Rosso), o evento do Gambero Rosso é um tour do vinho italiano que passa pela Coréia do Sul, Estados Unidos, Brasil, Singapura, Tailândia e Filipinas. Em São Paulo o evento ocorreu em 4/4/2016.
O evento ofereceu a degustação de aproximadamente 300 vinhos e um intenso programa de seminários com a participação dos melhores paladares do Gambero Rosso.

A partir de 2007, o Top Italian Wines Roadshow passou a ser uma plataforma estratégica bem consolidada para penetrar nos mercados emergentes e colher novas oportunidades de negócios.

A oferta enológica italiana é tão rica que frequentemente desorienta os consumidores internacionais, e é por isso que a seleção do Gambero Rosso representa uma garantia para promover um desenvolvimento consciente, curioso e cuidadoso dos territórios italianos.

O ponto de partida é o rigidíssimo critério seletivo de qualidade do Guida Vini d’Italia que chegou à sua 29ª edição e que todos os anos analisa mais de 40.000 vinhos.

São 65 as vinícolas que aderiram ao evento, marcas de valor absoluto como Allegrini, Gaja, Tenuta San Guido e Masi, só para citar alguns nomes.

O tour é marcado por um trabalho constante de comunicação aproveitando ao máximo todas as mídias do Gambero Rosso, do site à televisão, passando pelas revistas digital e impressas, além de conteúdos de comunicação ad hoc traduzidos em todos os idiomas encontrados no percurso.

A viagem, que dura nada menos que oito meses e que encontra várias vezes nas mesmas regiões os eventos Tre Bicchieri, é a imagem de um setor saudável da economia italiana, dinâmico e sempre mais consciente do próprio patrimônio de biodiversidade. .

O setor vinícola italiano continua a alargar os seus horizontes e a ampliar os seus resultados comerciais: em 2014 alcançou a cifra recorde de 5,1 milhões de euros em exportações.

Neste ano de 2016, senti diferenças em relação ao encontro de 2014. Em 2014, os produtores de vinho eram, em sua maior parte, da região da Toscana. Neste ano, no entanto, os produtores que ali estavam representados eram mais do norte e do sul da Itália. Isto foi interessante, pois são regiões menos conhecida pelo mercado brasileiro.

Em São Paulo tiveram 2 Masterclass, sendo a primeira correspondente ao norte da Itália e a segunda Da Toscana para o Sul.

O evento foi bem organizado. As mesas dos vinhos estavam espalhadas num grande salão do hotel Unique. Na maioria das vezes, os produtores estavam presentes, bem como os importadores, quando havia. Vários produtores estavam procurando por importadores no Brasil.

Foram disponibilizados vinhos de todos os gamas para a degustação, desde os mais simples até os top.

Na maioria das apresentações, os vinhos eram de safras recentes, sendo que alguns foram abertos antes da hora. Um dos casos foi o Sassicaia 2012, cujo tanino estava muito agressivo. Para a prova isto foi uma pena, pois o mesmo vinho da safra 2011 é vendido na Ravin por R$2.747,00.


Eu sempre evito Lambruscos, mas a Medici Ermete trouxe seus Lambruscos importados pela Decanter.  A maioria dos Lambruscos encontrados aqui no Brasil são muito baratos e ruins, porém estes eram feitos pelo método charmat e estavam bem agradáveis.

A Alegrini trouxe seus 2 melhores vinhos, o Amarone 2011 e o La Poja 2009, que estavam divinos, porém o Amarone se encontrava mais pronto que o outro.  Visitei a vinícola em 2012 e publiquei um artigo sobre eles (blog: https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=5703537396728336850#editor/target=post;postID=1534439642411465575;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=6;src=postname).

O encontro foi muito interessante, pois tive a oportunidade de conhecer algumas cepas autóctones da Itália. Um dos casos foi o da vinícola Lunae Bolsoni, da região da Ligúria. Em alguns vinhos brancos desta vinícola, eles usavam a cepa Albarola, enquanto que nos outros vinhos tintos, algumas cepas utilizadas foram: Massareta, Albardas, Ciliegiolo e Polera Nera. Gostei destes vinhos!

Bons espumantes da Franciacorta e Prossecos estavam presentes, bem melhores que aqueles mais baratos encontrados no Brasil.


Como neste ano pretendo conhecer melhor o sul da Itália, mantive contato com vários produtores da Puglia, Abruzzo e Molise. Infelizmente não tinha representantes do Lázio, região  que também vou visitar.

Um dos vinhos que me chamou a atenção foi o Clássico Tunina, um excelente vinho do Friuli, das cepas Chardonnay e Sauvignon, importado pela Decanter.


A importadora La Pastina trouxe bons vinhos da Puglia, que oferecem boa relação custo / benefício, como é o caso do seu top Salice Valentino Rosso Selvarossa, 2011.

Entre os vinhos importados pela Decanter, o produtor Felline trouxe o delicioso Primitivo I Molini 2014. Apresentou também um Primitivo di Manduria Zinfandel Sinfarosa 2013, com cepas trazidas dos Estados Unidos.


Provei também o Barolo Antario 2011, que aparentemente segue uma linha mais moderna. Ele apesar de novo, já estava bom mesmo com poucos anos.

Os vinhos italianos modernizaram seu rótulos, como é o caso da Vlenosi e o Offida Rossi Ludi 2011.

O único Brunello Campogiovanni 2011, produzido pela Sanfelice ainda estava muito fechado.

Neste Gambero, o serviço do evento estava perfeito e o buffet bem gostoso!

Agradeço à Cristina Neves pelo convite e parabenizo-a pelo belo evento, que sempre nos traz novidades das vinícolas da Itália.

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