terça-feira, 25 de outubro de 2016

Dinkelsbühl, jóia da estrada romântica da Alemanha


Depois de ficarmos hospedados em Rothemburg, partimos em direção a Fussen, passando pela rota romântica e visitando a cidade de Dinkelsbühl.

Logo que chegamos lá, demos uma volta a pé pela cidade, que é pequena e partimos depois para visitar outras cidades da rota romântica, sem grandes atrativos.

Por estas e outras que, acredito ser melhor deixar Rothemburg por último, em seu roteiro de viagem, pois nesta rota ela acaba ofuscando a beleza de outras cidades.

Dinkelsbühl é um dos complexos urbanos medievais mais preservados do país. A cidade possui uma igreja evangélica e duas igrejas católicas romanas. As muralhas que cercam a cidade exibem quatro torres: Wörnitzer,Nördlingen, Seringer e Rothenburger Tor, quase todas intactas.

A pequena Dinkelsbühl, na Baviera, é um dos pontos altos da Rota Romântica, logicamente bem depois de Rothenburger. A preservação quase que total do centro medieval deve-se a um episódio singular envolvendo os pequenos moradores da cidade e a Guerra dos Trinta Anos. Pelo menos, é o que conta a lenda.

Todo ano Dinkelsbühl comemora a rendição da cidade para as tropas suecas, em 1632, durante a Guerra dos 30 anos. A história deu origem a uma tradicional festa Die Kinderzeche (cortejo das crianças), que acontece desde 07/1897, e que mobiliza os habitantes da cidade. Em frente ao portão de Wörnitz, crianças e adultos encenam o momento em que a filha do sentinela de Dinkelsbühl, Lore, aparece diante dos suecos e pede que a cidade não seja depredada.

O bairro residencial desta cidadela é composto por casas com madeirame à vista. O mais belo exemplo deste conjunto é a Deutsches Haus, que fica em frente à igreja de São Jorge.

A igreja de São Jorge, em estilo gótico tardio, conta com nave tripla sem transepto. Junto com o presbitério, forma um grande conjunto que se destaca pela rede de abóbadas.

Dinkelsbühl recebe milhares de turistas durante o dia, já a noite é reservada aos que ficam na cidade. Um cenário idílico. O muro, as torres e portões são iluminados, dando ao local um clima ideal de retorno à Idade Média.

Um dos fatos pitorescos da cidade é que, durante o verão, o guarda noturno que faz uma ronda pelas ruas da cidade. Com traje típico, lampião e uma corneta, ele faz uma parada em frente a cada hotel e declama um de seus versos. Como pagamento, recebe uma taça de vinho.

Com três andares de história, a Deutsches Haus (Casa Alemã, hoje um hotel) é uma das construções mais antigas da cidade. Foi erguida em 1440, durante o período de florescimento de Dinkelsbühl.

Deutsches Haus é uma das cinco construções que ornamentam o Weinmarkt.
Em 1600 ela foi ampliada e recebeu uma fachada em estilo enxaimel. Conforme historiadores, a Deutsches Haus é uma das grandes realizações da Renascença tardia alemã.
A casa, juntamente com outras quatro, ornamentava, no passado, o Mercado de Vinho, local onde residiam as famílias abastadas. Também imponente no local é a Catedral de São Jorge, construída entre 1448 e 1499.


Além do vinho da região, a cidade oferece ainda uma especialidade: a schneeball (bola de neve). Largas tiras de massa são intercaladas, até que se transformam em uma bola que depois é frita em óleo fervente. A origem desta forma geométrica comestível é simples: a schneeball era um presente de despedida para visitantes, que vinham à região como convidados de casamento. Provamos este doce e saímos de lá com esta doçura na boca!

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