sábado, 13 de maio de 2017

Tropea, mar deslumbrante, aguas translúcidas e sua cidade à beira de um penhasco

Saímos de Taormina em direção à cidade de Tropea (https://www.youtube.com/watch?v=TJUeP2xg8fE), na Calabria.

No caminho fomos rever a bela cidade litorânea de Scilla, onde, além da vista exuberante do mar, pudemos provar a deliciosa uva Zibibbo, que antigamente só era utilizada para comer e não para fazer vinhos brancos e doces. Provei também ali, uma fruta gostosa que se chamava sisero, bem parecida com a tâmara!


Scilla é uma das aldeias mais graciosas da Itália, destino de artistas de todo o mundo, além de ser um ponto turístico frequentadíssimo no verão. As origens deste município são antigas e tem a ver com a mitologia, lendas que são mencionadas nos escritos de Homero.

Depois desta breve parada, fomos para Tropea, onde nos hospedamos no
Hotel Virgilio – http://www.hotelvirgiliotropea.com/, um equívoco nas nossas reservas pela internet, pois apesar de ser bem localizado, era também muito ruim. Não recomendo para ninguém.

O cartão de visita de Tropea são as suas águas cristalinas e de temperatura agradável, além de seus penhascos belíssimos!

O centro histórico de Tropea, que fica no topo de uma falésia, é cortado por ruelas, com casarões do século XVIII e XIX. A via principal é Corso Vittorio Emanuele, onde está a maioria das lojas de produtos típicos, bares e restaurantes, com mesas ao ar livre.

Graças a sua beleza, Tropea é conhecida como a Costa dos Deuses. O pôr do sol e o mar, vistos dos terraços da cidade são programas imperdíveis. A própria rua Vittorio Emanuele termina em um mirante, com vista para o mar e o santuário Santa Maria Dell’Isola.

O santuário de Santa Maria Dell’Isola, que fica no alto de um rochedo, é o símbolo de Tropea. O rochedo, que já foi uma ilha, foi anexado à praia em 1783, devido a um terremoto e um tsunami.

Por toda a cidade, vimos vendedores de cebola roxa e pimenta calabresa. A cebola roxa de Tropea é  a mais deliciosa e doce que já provei. Ela é chamada de “ouro roxo da Calábria”. Ela é vendida inclusive na forma de geléia para acompanhar carnes ou peixes. A pimenta calabresa é bem picante e presente em muitos pratos locais.

Outro produto regional é o apimentado e embutido N'duja, que muitas vezes é servido acompanhado de macarrão. Muito saboroso e de gosto acentuado!

Na noite que chegamos à Tropea, jantamos pizza num local típico, onde ofereciam até mesmo uma deliciosa pizza de cebola roxa.

Famoso também é o Tartufo di Pizzo, que eu acabei provando e que nem achei que valia tanto a propaganda. É uma bola de sorvete de avelã e chocolate, com um recheio de chocolate derretido. Com tanto sorvete divino na Itália,  não foi algo muito surpreendente.

Em Tropea é possível pegar um barco para visitar as ilhas Eólicas da Sicília, como a de Stromboli, que tem o vulcão ativo, e visível a olho nu.

A noite em Tropea ficava festiva, com shows de música e uma iluminação que mais lembrava um presépio e as nossas cidades do interior em festa.

A comida de Tropea é muito boa e em conta. Recomendo jantar no La Boheme, onde fomos, apreciamos e pagamos somente 43 euros para os dois,  jantar este acompanhado de uma garrafa de vinho.

Nesta refeição, começamos com um antipasto da casa, com n’duja, outros embutidos e fiore de zucchini frita.

Insalata de polipo (salada de polvo), a seguir e Fileja alla tropeana (massa típica com tomate e vegetais)

Para acompanhar pedi um vino bianco locale: Amatus Bianco, da vinícola Lento (Calábria), que apresentava muito frescor, boa acidez e que caiu muito bem com uma noite quente.

Passeando pela cidade encontrei uma lojinha que vendia produtos típicos e entre eles vinhos. Francesco Mazzitelli, dono da loja, logo se tornou nosso amigo e passamos a falar sobre vinhos.

Ele insistiu para visitarmos a Cantine Benvenuto, próxima dali , representada por ele. Ganhei de presente umas cebolas desidratadas de Tropeia e tiramos fotos com a família de Francesco, além de provar seus vinhos.

No fim daquela tarde, a vista do mar com o Stromboli ao fundo aparecia na nossa janela e aproveitamos para fotografá-lo.

Com o sol mais baixo, fomos nadar naquele mar esplêndido, aproveitando o nosso último dia em Tropea.

 A curiosidade é que fiz também uma massagem na praia, com uma chinesa que mal falava algo inteligível, e que oferecia este tipo de serviço aos turistas ali na areia. Aquela experiência, acompanhada pela vista do mar, foi muito prazerosa!

Passeamos também pelas praias, com suas grutas ao mar, um visual inigualável!

Nesta noite de despedida, jantamos arancini de queijo e tartufo, burrata com tomates e manjericão e uma pasta à la Norma muito gostosa! Como sobremesa pedimos canoli di ricota e  nocciola imbuttitti! Sempre delicioso e simples comer nesta região!

No dia seguinte, acordamos e nos despedimos de Tropea, partindo para Sorrento, na Campania.

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