Em 2017 passei pela região do Piemonte, para visitar a cidade de Alba e conhecer a produção do vinho Barbaresco de Bruno Rocca.
A produção deste vinho acontece na região das vinhas de Barbaresco.
O Barbaresco só pode ser feito em apenas quatro municípios do sul do Piemonte: Barbaresco, Neive, Treiso e San Rocco Seno d'Elvio, situados na região de Alba.
Barbaresco é um dos primeiros nomes que, em 1966, juntamente com Barolo, obtiveram a designação DOC (Denominação de origem), e, em 1980, o DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida).
Para se fazer o vinho Barbaresco é necessário acima de tudo paciência e boa vontade . A variedade de uva Nebbiolo exige dedicação constante, durante todo o ano.
O vinho deve envelhecer por pelo menos 26 meses, dos quais ao menos 9, fica em barris de madeira.
O Barbaresco tem características similares àquelas do Barolo, porém menos austero e tânico. Ele é um vinho mais “gentil” e refinado do que o Barolo. Alguns produtores tem o Barbaresco como seu primeiro e valioso vinho.
O nome Barbaresco, para alguns historiadores, vem do fato de que gauleses chegaram à Itália atraídos pelo vinho de Barbaritium.
Outras pessoas dizem que o Barbaresco recebeu este nome, por conta dos povos bárbaros que causaram a queda do Império Romano.
Como o Barbaresco é um vinho da região de Alba, resolvemos rodar por ali, passeando pelos campos, aonde vimos colhedores de uvas espalhados, em plena colheita. Isto enfeitou esta paisagem montanhosa de forma singular e nos encantou! Depois deste passeio, chegamos finalmente na região de Rabajà, onde fica a vinícola bruno Rocca.
Rabajà um prestigiado cru da Barbaresco.
Chegando na pequena vinícola familiar Bruno Rocca, fomos recebidos por Elena Oberto que nos mostrou as instalações. Durante a visita, ela nos apresentou Francesco, filho do dono, que por sua vez, estava com as mãos tintas de vermelho, de tanto trabalhar com o vinho. Francesco é um verdadeiro operário e nos recebeu com sua simpatia! Logo fomos convidados para a degustação dos seus vinhos.
Provamos então:
Langue Chardonnay Cadet 2015 DOC, que passa, 12 meses em aço inox (80%) e em barrica de carvalho francês (20%). Tem uma grande complexidade no nariz, com aromas de maçã e mel. Na boca, ele é bem seco e persistente. Um Chardonnay como eu gosto.
Barbera d’ Asti 2015 DOCG, feito com a cepa Barbera. Ele passa por barricas de carvalho francês por 12 meses. É um vinho equilibrado, agradável, com aromas de frutas maduras e notas de frutas secas. Na boca é um vinho amplo, gostoso e equilibrado.
Barbaresco 2014 DOCG, envelhecer por 18 meses em barrica de carvalho francês. No nariz apresenta muita fruta escura, flores e especiarias. É um vinho elegante, persistente, com notas de chocolate.
Barbaresco 2012 Riserva Currà DOCG, envelhecido 24 a 36 meses em barrica de carvalho francês. O vinho envolve o nariz com notas florais, menta e especiarias. Na boca ele é elegante, equilibrado, com bela acidez e persistência longa. Este é um belíssimo vinho que concorre muito bem com os bons Barolos.
Nesta época de colheita, a demanda é a de que todos os funcionários estejam disponíveis.
Elena mesmo nos disse que, terminada a nossa visita, voltaria a participara da colheita também.
E assim foi feito e seguimos de volta para Alba.
Agradeço à Bruno Rocca e à World Wine, pela agradável visita, mesmo numa época turbulenta coma esta, a da colheita.
Aproveitem as experiências que venho vivendo, enquanto procuro conhecer melhor o mundo dos vinhos. Também vou falar da gastronomia e de viagens pelo mundo, incluindo as principais regiões produtoras de vinho. Saúde! E boa leitura!
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Olá Alberto,
ResponderExcluirQue bom que deu certo a visita!
Obrigada pelo post ;) Bacana.
Cheers!