Os rótulos deste Club são selecionados por Philippe de Nicolay Rothschild, fundador da empresa. Ele pertence a uma das famílias mais tradicionais do setor e tem muito conhecimento do mundo dos vinhos.
A empresa PRN tem 3 tipos de seleção de vinhos. São elas: Blason, que sai por R$240,00 por mês, Château, por R$480,00 e Imperial, de R$1.920,00. O sócio do Club seleciona os vinhos dentro da classe que ele faz parte e os valores, não utilizados naquele mês, ficam de crédito para os próximos meses. Os vinhos de sua classe contam com descontos nos preços. Detalhes no site: https://www.magnumclub.com.br.
A apresentação dos vinhos começou com a região de Chablis, que fica no norte da Borgonha. Lá os climas são mais frios do que do resto da Borgonha, os invernos são rigorosos e verões curtos e secos. Este clima além de dar muito trabalho aos produtores, com geadas fora de hora e chuvas de granizo, nos traz safras bem diferentes.
A casta utilizada na região é a Chardonnay, a casta mais plantada no mundo, que nesta região tem sua melhor qualidade. Em geral, os vinhos desta região não passam por barrica.
Os solos de Chablis contém conchas pré-históricas, pelo fato deles terem sido cobertos pelo mar. Nestas condições, as raízes da Chardonnay descem fundo, o que resulta em vinhos mais secos, minerais e com acidez marcante.
Os vinhos da região são assim classificados: Básico, Petit Chablis, Chablis, Premier Chablis e no topo de qualidade os Grand Crus.
Os vinhos Chablis apresentados no evento são produzidos por Daniel-Etienne Defaix, cujos ancestrais cultivavam vinhedos desde o século XVI. Todos os vinhos usam levedura indígena e são fermentados por 3 semanas. O amadurecimento destes vinhos levam 18 meses, com Bâtonnage mensal.
Provamos no início o Vieilles Vignes 2013, que é feito com uvas de parreiras de 51 anos. O seu teor alcoólico é de 12,5% e ele custa R$295,00. É um típico Chablis, muito seco e mineral.
O Premier Cru Côte de Lecht 2003 é produzido com parreiras de 40 anos, que por sua vez tem um rendimento limitado. Neste caso, apenas a tête de cuvée (vinho de gota e primeira prensa) é utilizada. O Premier Cru Lecht é mais amarelado e mais seco que o Vielles Vignes e tem mineralidade marcante. Custa R$415,00 e tem 13% de álcool.
Premier Cru Les Lys 2004 - Suas parreiras tem 40 anos e da mesma forma que o vinho anterior, a técnica utilizada é a mesma. ou seja é usada apenas a tête de Cuvée. O vinho tem 13% de álcool e custa R$415,00. É um vinho espetacular e menos austero que os anteriores.
Finalmente chegamos no Grand Cru Blanchit 2005, que é fermentado em barricas velhas. Este vinho ainda estava fechado, ou seja tinha muito a evoluir, mas já estava muito exuberante e intenso, uma preciosidade! Ele tem 13% de álcool e custa R$855,00.
Provamos então os vinhos tintos da região de Cahors, no noroeste de Bordeaux, onde a uva típica é Malbec, há mais de 800 anos. A cepa é muito mais antiga na região de Cahors que na Argentina. https://www.youtube.com/watch?v=7J54TSSUTQ0
Para o vinho ter a denominação Cahors, precisa ter pelo menos 70% de Malbec, além da Tannat e Merlot.
O vinho Malbec de antigamente era muito escuro e diziam que este nome significava: ruim para a boca, bico (mal bec). Com a sua melhora , com produção já utilizando técnicas mais apuradas, o Malbec chegou a ser considerado melhor que os outros Bordeaux, chamados Claret.
A Malbec da região de Cahors tem muita concentração de antocianos e taninos que conferem cor escura e maior potencial de envelhecimento ao vinho.
Na região é utilizada uma taça, que tem um anel no meio de sua haste. Ele é um símbolo de união, de harmonia no modo de sentir ou de pensar, um símbolo de compartilhamento.
Cahors é uma cidade medieval e tem uma ponte com fortificação, cujo objetivo era de conter a invasão dos ingleses, o que nunca ocorreu.
Os vinhos de Cahors provados neste evento foram produzidos pela Château du Cédre.
Château du Cedre 2011usa as cepas: Malbec (90%), Merlot (5%) e Tannat (5%). Ele é vinificado em aço inox por 30 dias e a fermentação malolática é realizada diretamente em barricas de carvalho. O vinho amadurece por 22 meses em barricas de carvalho (1/3 novas e 2/3 usadas). É um vinho intenso, com mineralidade e taninos delicados. Tem 13,5% de álcool e custa R$205,00.
Le Cedre 2011, 100% Malbec, com vinificação em tanque de inox por 30 dias. Ele fica 24 meses em barrica (80% novas) e é um vinho muito bom, elegante e redondo. Tem 14% de álcool e custa R$445,00.
O último vinho apresentado foi o excelente GC Cahors 2011, produzido com a cepa Malbec. A vinificação também é feita em barricas de carvalho de 500 l, por 40 dias e o amadurecimento é de 24 meses em barricas novas. Ele é muito aromático, com notas de especiarias e na boca é espetacular, com mineralidade intensa.
Assim terminamos em alto nível mais uma prova oferecida pela PRN Import, a quem agradeço o convite !Deg
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