segunda-feira, 19 de março de 2012

Siena - Toscana - Itália

Siena é a segunda cidade mais importante da Toscana, depois de Firenze.

Chianti é o nome dado às colinas que se estendem do sul de Florença à Siena.
O Chianti Classico DOCG é o mais tradicional vinho desta área.

Há em Siena uma Associação denominada “Consorzio Vino Chianti Classico”, cujo símbolo é “O Galo Nero”, é ele quem regula a produção deste tipo de vinho.

Nem todo vinho produzido na região do Chianti é Chianti Classico. Para se tornar um Classico, o produtor tem que seguir uma série de regras. Vamos a elas:
1)   Ser produzido na região demarcada
2)   Deve ter um mínimo de 80% de uva Sangiovese em sua composição.
3)   Os 20% restantes devem ser compostos por uvas tintas nativas na região como, por exemplo: Canaiolo e Colorino.  Algumas uvas internacionais podem também serem usadas, como Cabernet Sauvignon e Merlot.
4)   Deve ter o mínimo de 12% de álcool nos vinhos jovens e 12,5% nos reserva.
5)   A produção e engarrafamento tem que ser feita na região
6)   Para os vinhos reservas é necessário um envelhecimento de 24 meses, incluindo 3 meses em garrafa.
7)   O selo deve conter o dizer “Chianti Classico e Denominazione de Origine Controllata e Garantita”, além do ano de produção.

Siena é um importante centro turístico e comercial. A produtora de vinhos Donatella Cinelli Colombini é a responsável pelo turismo na região, já há 10 anos.

Conforme a mitologia romana, Siena foi fundada por Senio, filho de Remo. Pode-se encontrar pela cidade, várias estátuas dos irmãos Romulo e Remo, que foram amamentados pela loba.
A cidade de Siena foi um povoado Etrusco e depois colônia romana.

A sua praça principal, “Piazza del Campo”, é para mim, a mais linda praça da Itália e ocupa o local de um antigo fórum romano, que depois tornou-se o principal mercado da cidade.

Ao redor desta praça ficam os principais prédios da cidade, muitos em função do comércio.
A cidade é famosa por uma prova à cavalo, denominada Palio, que ocorre duas vezes ao ano nestas datas : 2/7 e 16/10.

Neste evento, que dura apenas 90 segundos, a pista de corrida é montada na praça, que é cercada e depois preenchida de terra.

Nesta corrida feita desde o séculoXVII, participam 10 cavalos e cavaleiros montados sem sela, representando 10 dos 17 distritos e paróquias da cidade  denominados “contrade”. Os cavaleiros usam trajes tradicionais chamados monturas e envergam bandeiras da contrade.

A regra mais interessante desta corrida diz que: o primeiro a chegar é o ganhador e o segundo é considerado o último. Os cavaleiros portanto, valem-se de qualquer artimanha para chegar em primeiro lugar.
Desta forma, os jóqueis sofrem às vezes contusões até graves, causadas pelas quedas de suas montarias.
Durante o ano, as “contrade” provocam-se até a disputa na época do pálio, onde suas torcidas são fanáticas, como religião, ou como torcidas de futebol.
Dizem que toda a agressividade do povo é desviada para este evento e deve ser por isso que Siena é considerada a cidade onde o índice de criminalidade é o menor da Itália.

Ali passeamos pela Piazza del Campo, em forma de meia lua, onde provamos um delicioso sorvete de chocolate, além de tomarmos um esplêndido café! Como a Itália não produz café, ela importa os melhores do mundo, inclusive do Brasil.
Na rua, que circunda a Piazza, ficam as finas lojas de artesanato, de alimentos típicos da região, e de roupas.

Visitamos a sua catedral, cuja construção foi iniciada no século XII e foi terminada em 1380. Esta catedral constitui um exemplo da arquitetura gótica italiana.
Voltamos para a parte alta da cidade para apreciar o por do sol, com vista para a basílica de San Domenico.

Siena é uma cidade difícil de circular, pois ela se desenvolve em colinas e o tráfego de veículos é limitado no centro velho. Nos indicaram uma região de restaurantes para jantar, mas não conseguimos encontrá-la e giramos várias vezes em becos sem saída.
De lá, partimos de volta para a cidade de Trequanda, onde estávamos hospedados. Ali jantamos um delicioso Polpetone e uma pasta al funghi porcini!

Para acompanhar o prato tomamos o ”Chiante Classico Ruffino, Riserva Ducale”, que harmonizou com os pratos.

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