domingo, 13 de janeiro de 2013

Restaurante Girarrosto, São Paulo


Da mesma forma que muita gente da minha geração, eu frequentei o restaurante Pandoro, lá na Augusta, justamente para tomar o famoso drink caju amigo.  O Pandoro era um ponto perfeito para levar a namorada, ou simplesmente para paquerar. O drink, feito de compota de caju, vodca, açúcar, suco de caju e gelo, além de gotas de um componente nunca revelado, amolecia os corações.

Dizem que este aperitivo foi inventado em 1974, pelo barman do Pandoro, Guilhermino, que colocou este nome, pelo fato das pessoas pedirem a ele: “Vê um caju, amigo!”  

Depois que o Pandoro foi fechado, voltou então a funcionar por um período, no mesmo lugar, mas com instalações mais amplas. Esta situação não durou muito, sendo ele substituído posteriormente, pelo restaurante Girarrosto.

Já fazia um tempo que eu ouvia falar no restaurante Girarrosto, na Av. Cidade Jardim 60 (fone: 30626000), no Jardim Paulistano, em São Paulo.

O restaurante Girarrosto ocupa um amplo e bem decorado espaço, com três ambientes, sendo um deles, com jardim e cobertura de toldo. Existe também uma área para a execução do macarrão, que é envidraçada e dá para um dos salões.

Neste ano de 2012, a revista Gula deu o prêmio de melhor restaurante italiano de São Paulo para o Girarrosto.

Este restaurante resultou da união do empresário Paulo Roberto Kress Moreira, com o restauranter Paulo Barros e o Chef Salvatore Loi, antigo chef do Fasano.

O nome “Girarrosto” veio por conta de ser o nome de um forno a lenha giratório (chamar de tv de cachorro é uma heresia), trazido da Itália, onde são preparadas carnes como: porco, codorna, frango e cordeiro. Nele são preparados também a porchetta e a bisteca ala Fiorentina.

O couvert ali era composto por pães quentes divinos, feitos no local, acompanhados de azeite com alho e sardela.

O prato que pedi foi o Pulpo ala griglia e salsa de melograno (polvo grelhado, servido com croutons de polenta e molho de redução de romã), que estava crocante e divino. Parece que na salsa tinha erva doce picada (custou R$63,00, bem mais barato que o bom polvo do Arturito).

Para acompanhar pedi uma taça do vinho Silice 2010 (12,5% de álcool), da uva Trebiano, que custou R$31,00 (era o mais caro servido ali em taça), estava bom, e harmonizou bem com o polvo. Este vinho, produzido na toscana pela San Gervasio, é importado pela Zahil.

O outro prato pedido foi um Spaguettini con gamberi e limone (espaguete com camarão, mini legumes e raspas de  limão siciliano). Muito bom também (custou R$58,00).

Como sobremesa, não resisti ao baba al ruhm (massa leve, fermentada naturalmente, assada e servida com creme de limoncelo). Eu adoro esta sobremesa, que por sinal, é difícil de ser bem feita e de se encontrar (custa$20,00).

O café servido no Girarrosto é o Nespresso.  O garçom no entanto disse que só havia um tipo de café que ele não sabia descrever. Uma pena.

Tenho saudades nostálgicas do Pandoro, mas como cozinha, prefiro o Girarrosto.

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