Fiz uma viagem para a França, que teve seu
início em Toulouse e como destino a cidade de Carcassone, que fica no sul da
França, na região do Languedoc-Roussillon.
A forma mais fácil de lá chegar foi através
de um vôo da TAP, que costuma ir até Lisboa e em seguida para Toulouse.
Em Carcassone há um conjunto arquitetônico
medieval que fica localizada na margem direita do rio Aude e que foi
considerado patrimônio mundial pela UNESCO, desde 1997.
Existem vestígios de ocupação primitiva
nesta cidade, desde 3.500 A.C. Posteriormente vieram os Celtas, Galo-romanos e
Visigodos.
Durante a Idade Média, Carcassone se
defendia dos inimigos, por meio de um imponente conjunto de fortificações,
circundada por uma dupla linha de muralhas.
Estas muralhas ainda podem ser vistas hoje e representam o ápice da engenharia
militar do século XIII. O traçado irregular das ruas
estreitas de Carcassone contrasta com as muralhas e com o grandioso castelo
guarnecido por 59 torres , poternas
(saídas escondidas) e portas.
A cidade desempenhou um papel importante na
guerra dos Cátaros, guerra esta tratada no livro Código Da Vinci. Este livro
aumentou o fluxo de turista nas visitas à cidade, ávidos por informações sobre esta
guerra.
Os cátaros (do grego Kataros, puros),
formavam uma seita cristã, no século XVIII, que criticava a corrupção na
igreja. Felipe II da França se uniu ao papa, para aniquilar os hereges cátaros.
Isso deu início a um século de matanças e torturas.
Carcassone é a cidade medieval murada, mais
bem preservada da Europa e parece ter saído de um conto de fadas.
Ela é dividida em duas partes: a medieval: onde
estão o conjunto de lojas e os restaurantes que ficam no entorno do castelo,
denominada “la cité”, e a região do castelo.
Uma das torres da cidade, onde hoje existe
um museu com equipamentos de tortura usados pela igreja católica, foi usada
pela inquisição.
Contarei agora a nossa aventura pela cidade:
A nossa chegada à cidade de Carcassone foi
difícil, pois havia uma festa acontecendo no interior das muralhas e a entrada
principal só poderia ser usada por carros, após as 20:00 hs. Contornamos então,
várias vezes a muralha, até acharmos uma entrada secundária e aí sim, chegar ao
hotel. Deixamos o carro entre as muralhas, para no horário certo, levarmos ao
estacionamento ( Best Western le Donjon).
Por sugestão do nosso guia turístico,
ficamos dentro da fortaleza, de forma a apreciar a cidade, depois que os
visitantes que lá passaram o dia, fossem embora.
Alguns hotéis fora da cidade são mais em
conta e tem uma bela vista da cidade.
O passeio noturno por Carcassone vazia foi
muito gostoso e nos levou à idade média.
Os pontos mais interessantes da cidade são:
A Basílica de Saint Nazare, O castelo, a porta de Narbona e a de Aude e o
teatro.
Lá provamos o prato tradicional que se
originou nesta cidade: o Cassoulet.
Dizem que durante uma guerra, quando a cidade
estava sitiada, os habitantes locais reuniram todos os alimentos que tinham e
os cozinharam conjuntamente, assim criando o cassoulet.
O cassoulet é feito com feijão branco,
confit de pato, linguiça e carne de porco.
É muito gostoso!
A nossa saída da cidade foi mais desastrosa
ainda do que a entrada. Depois de muito rodar naquele labirinto, pois o carro
só pode passar pela cidade até à 9 horas, encontrei uma saída. Ela era embaixo
de uma torre quadrada e eu quase entalei o carro dentro da torre. Um sufoco!
Esta visita à Carcassone foi para nós, um
bom começo de viagem pelo sul da França! Partimos em seguida em direção à
Avignon.
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