Participei do Top Tasting Itália, muito bem
organizado por Cristina Neves, Organização de eventos (http://www.cristinaneves.com.br/).
Este ano, como tem sido o ano da Itália, foram
feitos muitos eventos de alto nível, com excelentes vinhos para o conhecimento
dos formadores de opinião sobre eles.
A apresentação deste evento foi feita no
Hotel Meliá, à rua João Cachoeira.
Muitas novidades foram apresentadas,
inclusive a utilização de uvas Marsala em vinhos brancos secos. Normalmente esta
uva é usada para vinhos doces.
Participei de duas Masterclass, sendo a
primeira de produtores sicilianos e a segunda de produtores do restante da
Itália.
A primeira Masterclass foi apresentada por
representantes das próprias produtoras dos vinhos. Este grupo de 6 produtores é
denominado Xwine Sicilian Wine Talents.
A Sicilia produz vinhos, desde a época dos
gregos. Seu terroir muda praticamente a cada metro, permitindo a produção de
vinhos muito diferentes num mesmo território.
O primeiro vinho apresentado foi o Podere
27 VSQ Millesimato Método Clássico 2010, da Azienda Agricola Pupillo, que fica
próxima a Siracusa, no extremo sudeste da ilha. Ele é feito da cepa Moscato
Biancoe tem um tom amarelado, pouca perlage e aromas intensos. Particularmente
não me agradou.
A Pupillo trouxe também o bom Cyane IGT
Sicilia Bianco 2011, da cepa Moscato. É um vinho que recebeu a classificação 2
bicchieri GR e 90 RP. É um vinho muito interessante, pois é trata-se de um branco
seco da cepa Moscato. Custa 5,2 euros na Itália.
A Alcesti, que fica no extremo leste da
ilha, trouxe o Edesia Grillo Sicilia DOC 2012, com boa fruta cítrica e boa
acidez.
A Cantine Fina apresentou o Kikè IGT
Sicilia 2011, da cepa Marsala, com aromas cítricos. Na boca ele é fresco e
frutado, com boa acidez.
A Alcesti iniciou então a apresentação dos vinhos
tintos com o seu Admeto Syrah IGT Sicília 2010, um vinho bem agradável, com
aromas de violeta e cereja. Este vinho recebeu a classificação 1 bicchieri GR e
é importado pela Mercovino (fone: 3841-9448).
A Cantine Fina mostrou seu Caro Maestro IGT
Sicilia 2005, das cepas: Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot. Este vinho
é muito bom, com características mais complexas.
A Cantine Intocia trouxe o vinho Marsala
Superiore GD DOP Sicilia 2003, um vinho doce, muito equilibrado.
O representante desta vinícola contou uma
interessante história:
“Os ingleses foram os descobridores do
vinho Marsala doce. Como o transporte de vinhos era feito por navio, num longo
percurso, decidiram adicionar então, álcool para conservar o vinho. Quando
provaram o vinho na Inglaterra, gostaram tanto do vinho com álcool, que
passaram a comprar o marsala desta forma.”
Do mesmo produtor tivemos o Marsala Vergine
Riserva DOP Sicilia 1980, retirado de uma única barrica. Este é um vinho raro,
mais seco e muito bom. Custa 30 euros na Itália.
A Bianchi mostrou a boa Grappa di Sicilia
Barrique e o vinho Amaro Segesta que é suave, equilibrado, sem excesso de
amargor.
Muito dos vinhos, sicilianos apresentados,
utilizavam várias cepas não autóctones.
Acredito que esta modernidade tenha a
influência dos produtores que são jovens.
Parti então para a segunda Masterclass que
apresentou os vinhos vindos de outras regiões da Itália.
Os produtores são:
Le Marchesine, da Lombardia, com o
FranciacortaDOCG Brut, das cepas Chardonnay, Pinot Bianco e Pinot Nero, bom,
feito pelo método clássico e importado pela Sicilianess (fone: 2372-7530).
A Cantine Antonio Caggiano, da Campânia
trouxe o bom Fiano di Avellino DOCG Béchar 2011, da cepa Fiano. Ele é importado
pela Casa Flora (fone: 2842-5199).
A Forteto dela Luja, do Piemonte,
apresentou o Monferrato Rosso DOC Le Grive 2009, das cepas Barbera e Pinot
Nero. Ele é Importado pela Tahaa por R$192,00 (fone: 5096-3282). Bom vinho.
Grifalco, da Basilicata, trouxe o excelente
Gricos Aglianico del Vulture DOC 2007 da cepa Aglianico. O vinho apresentou um
tanino intenso. Ele é importado pela Tahaa por R$298,00.
Monte Schiavo, do Marche, serviu o bom
Adeodato Marche IGT Rosso 2009 da cepa Montepulciano.
Rocca di Fabbri, da Umbria, mostrou o
delicioso Montefalco Rosso DOC Riserva 2008. Ele é feito com as cepas Sangiovese
(65%), Sagrantino (15%) e outras. É importado pela Tahaa.
Villa Medeoro, do Abruzzo, apresentou o bom
Montepulciano d’Abruzzo DOCG C.T. 2008. Ele é importado pela Tahaa, por R$167.
Foi classificado com 3 bicchieri GR e 90 WS.
Logonovo, da Toscana, serviu o bom Toscana
IGT Rosso Cinqueper Logonovo 2010, das cepas: Sangiovese 54%, Merlot 24%, Petit
Verdot 7% e Sagrantino. Ele é importado pela Wine to Go por R$74,59 (fone:
2013-2014).
Conti Zecca, Puglia, trouxe o bom Nero IGT
Salento Rosso 2007, das cepas: Negroamaro (70%) e Cabernet Sauvignon. Ele é
importado pela Viníssimo (fone: 4195-5554) por R$437,82.
Villa Matilde, da Campânia, veio também com
o belo Falerno del Massico DOC Camarato 2005. Ele é importado pela Vinissimo
por R$407,96.
Speri, do Veneto, trouxe o bom Valpolicella
DOC Clas. Superiori Sant‘Urbano 2008, das cepas: Corvina 70%, Rondinella 25%,
Molinara e Corvinone. Ele é importado pela Vinissimo por R$187,00.
A Podere del Paradiso, da Toscana, mostrou
o bom Saxa Calida IGT Toscana Rosso 2006, das cepas: Merlot 50% e Cabernet
Sauvignon. Importado pela Casa Flora.
A Damilano, do Piemonte, apresentou o
divino Barolo DOCG cinquevigne 2006, importado pela Vinea (fone: 3059-5200),
por R$345,00.
A Azineda Agricola La Velona, da Toscana
trouxe o bom Brunello di Montalcino DOCG 2006. Ele é importado pela Tahaa por
R$298,00.
Finalmente a Trabucchi d Illasi, do Veneto,
apresentou seu ótimo Amarone dela Valpolicella DOC Riserva Cent’anni 2005. Ele
é importado pela Verdemar por R$185,00.
Depois de todas estas excelentes
Masterclass, fui degustar no evento alguns vinhos que não tinham sido
apresentados até então.
O evento foi de alto nível e trouxe bons
vinhos brancos que ofereciam uma boa
relação custo/benefício.
Os tintos surpreenderam pela sua
modernidade, com preços compatíveis com sua qualidade.
O Top Tasting foi essencial para ampliar
meu conhecimento de vinhos italianos!
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