domingo, 29 de setembro de 2013

Rocamadour, coração do Perigord, França


Depois de nos hospedarmos em Toulouse, fomos para outro ponto de parada: a cidade de Rocamadour, ou “roc amatour, que significa “o amante das rochas” e  é um ponto turístico importante de peregrinação.


Esta cidade sacra é encravada na rocha, numa superposição de casas e capelas.
O castelo, que coroa esta construção audaciosa, fica no topo da rocha, a 150 m do solo, por onde serpenteia o rio Alzou. Na capela do povoado, fica a famosa escultura da Virgem Negra , virgem venerada há mais de um milênio.

Segundo a tradição, foi ali que viveu o eremita Zaqueu de Jericó, morto por volta de 70 D.C. Zaqueu amava as rochas e fez um eremitério escavado numa delas. Ele teria trazido para Rocamadour , a estátua da Virgem Negra, datada do séc. IX.

Depois que foram reportados muitos milagres atribuídos a Zaqueu e ao santuário da Virgem, muitos peregrinos famosos estiveram por lá.

Lá existe a capela do santuário da Virgem, num complexo de construções monásticas, que é alcançada por uma escada de 216 degraus, que os peregrinos sobem de joelho.


A cidade é o segundo santuário medieval da França, depois de Mont-St.-Michel.


Chegamos à parte da cidade que fica num platô, acima da rocha e tivemos ali alguma dificuldade para encontrar a entrada do nosso hotel.

Ficamos no hotel LES ESCLARGIES, que fica na rua L’ Hospitalet, direction Payrac Cales, 46500 (Fone: (00XX33) 5- 65387323). Um hotel moderno, muito bom, com bom café da manhã. Seu preço sem o café é de 90 euros.


O café da manhã, que custou 12 euros por pessoa, era muito bom, tínhamos: musli de vários tipos, ovos mexidos, pain au chocolate, camembert ,  confiture des fraises, sucos, pães, iogurte e outras iguarias.

No dia seguinte ao da nossa chegada, iniciamos a decida da rocha por umas rampas laterais que vão até o primeiro estágio da cidadela, onde está o santuário e a capela.


De lá descemos  as escadas até chegar à parte baixa da cidade.


Está área tinha apenas uma rua simpática que atravessava a cidade, de lado a lado, com pouca inclinação.


Uma ruela repleta de lojas e oficinas de artesanato. Lojas de embutidos, tortas típicas da cidade (um bolo com nozes), queijos, macarons e torrones. As lojas, de produtos derivados de pato, eram abundantes e exibiam patês das mais diferentes formas possíveis, como um patê com figo seco. Era mesmo um local que abria nosso apetite e nos deixava de olhos arregalados.


Para nós que pagamos caro por estes produtos no Brasil, lojas de foie assim são uma tentação e motivo para ganhar mais uns quilinhos.


Subimos de elevador de volta e fomos então visitar o Château, que só pode ser conhecido por fora. De suas muralhas, temos uma excelente vista da cidade. Programa este perfeitamente dispensável, ao meu ver, ainda mais que é pago.


Passeamos também pelas imediações de Rocamadour, quando encontramos uma fábrica de pain d’epice de vários tipos. Não resisti e depois de provar vários, comprei um bom pedaço do mais simples.
O pain d’epice na França é um ótimo acompanhamento para o foie gras assim como a confiture des figues..


Jantamos muito bem no restaurante e hotel Le Belvedere, que fica na beira da escarpa. Lá nos deliciamos com um Repas Gourmand à 25 euros.


A nossa entrada foi uma salada de folhas acompanhada de um queijo típico da cidade, chamado Rocamadour, um queijo au lait cru, que pertence a família dos cabecous.

Também comemos um excelente confit de canard!


Para acompanhar, provamos um bom vinho de Cahors, Château Eugenie 2006, que combinou bem com os pratos.

No dia seguinte fomos visitar a cidade de Sarlat.

De volta a Rocamadour, jantamos no restaurante Le Bellevue, que nos decepcionou um tanto, devido a pratos muito toscos, nem saborosos, nem requintados.


Como entrada pedimos: Delice Quercynois au foie gras de canard 25%, et salade aux noix. Para acompanhar provei o delicioso vinho le verre de Gaillac douce, que custava 3,30 Euros.


Para acompanhar o prato principal pedi um vinho Mauzac Nature 2011, da região de Gaillac, que era leve e acompanhou bem o prato.


Provamos um menu Repas Gourmand à 23Euros, com um acréscimo de 4Euros para o prato de Foie gras de canard entier mi-cuit (fígado de ganso meio cozido).


Embora a descrição dos pratos nos parecesse deliciosa, não eram bons.


No dia seguinte partimos para a cidade de Bordeaux, deixando para trás uma cidade mística e interessante!


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