quarta-feira, 23 de julho de 2014

Espetacular vinícola de espumantes Ferrari

Tudo começou com uma degustação de espumantes especiais na ABS.
Uma degustação que me impressionou profundamente!
Neste dia foram apresentados os seguintes vinhos:


Espumante: Arunda Talento Extra Brut 2001.
Espumante Cava: Elisabet Raventós 2003.
Champagne: Authentique Rose Brut Grand Cru
Champagne: Milésime Grand cru Brut.
Espumante: Giulio Ferrari Riserva del Fondatore 1997.

De todos estes vinhos, o que mais gostei foi o Giulio Ferrari (http://www.youtube.com/watch?v=9iZZFbz6xT4).

Visitar suas instalações (Cantina Ferrari) passou, desde então, a ser um objetivo meu.


Foi aí que planejei uma viagem ao norte da Itália, para 2014 e procurei selecionar algumas das melhores vinícolas na região, para visitar.

Dentre estas, a Ferrari era uma delas.


Entrei em contato com a importadora Decanter, que traz estes espumantes ao Brasil e eles, prontamente, se colocaram à disposição para organizar a minha visita.


Trocamos e-mails e fiquei surpreso quando soube que a vinícola se ofereceu, inclusive, para ir me buscar no hotel.


E assim foi.

Logo cedo Massimiliano foi me buscar em Trento e me levou à Cantina


As 10 horas comecei a visita à Ferrari e tive toda  explicação do elaborado processo de produção de seus espumantes.


Conheci também ali, a maquete de outra adega que eles tem na Umbria, Tenuta Castelbuono, um prédio com um formato de  casco de tartaruga, para harmonizar com a natureza.


A Ferrari ainda é proprietária da Tenuta Podernovo, outra vinícola que fica na Toscana, região de Pizza.


Depois da visita à Ferrari, passamos à degustação de seus vinhos, cujas uvas são colhidas manualmente:


Ferrari Maximum Brut, feito com a cepa Chardonnay, passa 36 meses envelhecendo em leveduras selecionadas. Sua cor é amarela e seu bouquet é persistente, com notas de frutas maduras, toques de brioche, nozes e flores. Na boca ele é elegante, equilibrado, com personalidade, típico da Chardonnay. Ele tem menor pressão carbônica que outros espumantes da Ferrari.


Ferrari Maximum Rosé, produzido com as cepas Pinot Nero (60%) e Chardonnay. Fica envelhecendo por 36 meses em leveduras selecionadas. Sua cor é um elegante rosé. Os aromas são delicados, com toques de frutas vermelhas tons balsâmicos. Seu sabor é intenso, elegante, com toques de cerejas silvestres. Muito persistente, com taninos delicados.


Ferrari Perlé, que é um vintage, feito com o método clássico Blanc de Blancs, com a cepa Chardonnay. Ele passa por um longo período de maturação (5 anos) em garrafa, em leveduras selecionadas, apresentando muita elegância, frescura e complexidade. O vinho tem uma cor amarela com toques dourados. Seus aromas são intensos e finos, com toques de amêndoa e maçã e brioche. Na boca ele é seco, tostado.


Ferrari Perlé Nero, da cepa Pinot Nero oriunda das melhores plantações da família Lunelli. A sua maturação leva 6 anos em leveduras selecionadas. Sua cor é amarela dourada e os seus aromas são frutados e tostados, com toques minerais. Na boca se mostrou um grande vinho, com forte personalidade e complexidade, onde as frutas e as notas tostadas são bem balanceadas. No palato, ele tem uma cremosidade elegante e grande persistência.


Ferrari Riserva Lunelli, produzido através de uvas single-vintage Chardonnay,  fica 8 anos maturando em leveduras selecionadas. Sua cor é amarelo profundo com reflexos dourados também. No nariz ele é frutado e com ricos aromas. O uso de barricas de carvalho austríaco confere uma grande paleta de aromas, ao vinho. Na boca, ele apresenta uma diversidade de sabores de frutas e tostados. A persistência é muito longa, com delicioso fim de boca.


Finalmente chegamos ao Giulio Ferrari Riserva del Fondatore, que é um Cru muito especial, com grande longevidade. Ele é feito com uvas Chardonnay colhidas com extremo cuidado. O seu envelhecimento é de 10 anos em leveduras selecionadas, de produção da própria Ferrari. Sua cor é amarelo brilhante, com reflexos dourados. Seu bouquet é de uma fragrância frutada muito intensa, com toques de mel, chocolate branco e baunilha. Seu sabor é elegantee bem balanceado, de frutas, acácia e mel, combinado com notas florais. Sua persistência é longa.


Trouxeram-me ainda à prova, vinhos de suas outras propriedades:


Tenuta Podernovo (Toscana): Aliotto 2011, das cepas Sangiovese (60%), Cabernet Sauvignon, Merlot e outras locais.  Passa 4 meses em garrafa, apresentando cor violácea, com frutas ao nariz. Ele é um vinho redondo e equilibrado na boca.

Tenuta Castelbuono (Montefalco):


Ziggurat 2009, das cepas: Sangiovese 70%, Sagrantino 15 % e o restante Cabernet Sauvignon e Merlot. A sua maturação é feita por 12 meses em barricas de 225 litros e tonéis de 500 l. Sua cor é roxa e brilhante, seus aromas são de cereja e cravo, com um final balsâmico. Na boca, ele é elegante, equilibrado, fresco e potente.

Lampante Montefalco Riserva, da cepa Sangiovese 70%, Sagrantino 15% e o restante Merlot e Cabernet Sauvignon. Passa 18 meses em barris grandes. Sua cor é rubi grená. No nariz apresenta aromas de violeta, cerejas e um fundo balsâmico. Seu sabor é vigoroso, macio e elegante, com taninos bem estruturados e final amplo.

Carapace 2007, feito com a cepa Sagrantino, fica 24 meses em barrica grande. Sua cor é roxa profunda e luminosa. Os aromas são de geléia de mirtillo, com intensas notas de cereja e rosas. Tem um sabor cremoso, potente, longo e persistente, com taninos finos.



Terminada esta degustação maravilhosa, fui convidado a conhecer uma casa, cercada de parreiras, onde o próprio Ferrari nasceu. Uma casa esplêndida do século XVI, restaurada pela família Lunelli, atual proprietária da vinícola, como agradecimento ao próprioFerrari. 

A vila conta com afrescos em ambos os lados, internos e externo, sendo reconhecida como a mais encantadora residência em todos os Alpes.

Eu e Camilla Lunelli
De lá, partimos para a Locanda Margon, que é o restaurante da Ferrari, com uma vista para a cidade de Trento. O restaurante é criativo e inovador, o que combina bem com os espumantes da Ferrari. O chef Alfio Ghezzi, com estrela Michelin, ofereceu 2 opções distintas de cardápio: O gourmet Lounge, para amantes da alta cozinha e o Varanda para aqueles que querem uma refeição mais rápida.
O chef me perguntou se eu queria escolher os pratos ou aceitar suas sugestões. Prontamente aceitei a ideia de ele escolher meus pratos, só coloquei algumas restrições que tenho a alguns pratos.  


A experiência foi maravilhosa, os pratos muito criativos acompanhados de espumantes específicos e por fim pude apreciar uma grapa envelhecida maravilhosa!

Terminada a refeição, me levaram de volta à cantina, onde fui presenteado com uma garrafa do seu melhor espumante, embalado numa caixa luxuosa.


Voltando ao hotel, ainda fui passear pela bela cidade de Trento, com seus ares austríacos, para comemorar tal acontecimento!

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Os espumantes do primeiro evento na ABS foram:

-       Espumante: Arunda Talento Extra Brut 2001. Produtor: Arunda Vivaldi. De origem Italiana, da região do Alto Adige, tem o preço de R$180,00. As uvas utilizadas foram: Chardonay 60% e Pinot Noir 40%.  A graduação alcoólica é de 12,8. Comentário: Depois de provar este espumante, comecei a achar que era o prenúncio de uma grande noite. O vinho apresentava uma sensação muito agradável no nariz, com frutas cítricas, aromas de brioches, amêndoas e chocolate branco. As bolhas eram pequenas e persistentes.
-        Espumante Cava: Elisabet Raventós 2003. Produtor: Raventós e Blanc. Região: Cataluña Preço R$160,90. As uvas utilizadas foram: 60% Charello, 30% Chardonay e 10% Monastrel. Comentário: apresentou aromas de brioche, amêndoas, frutas cristalizadas e avelãs. As bolhas eram pequenas e persistentes. Combina com cozinha japonesa e frutos do mar tal qual centolla e lagostins.
-       Champagne: Authentique Rose Brut Grand Cru. Produtor: Earl E. Barnaut. Região: Montagne de Reims. Preço R$191,20. Comentário: os aromas são de groselhas e framboesas confitadas e pomelo. As bolhas eram pequenas e persistentes. Combina com salmão defumado, caça de pena (perdiz, faisão…), charcouterie e queijos maturados.
-       Champagne: Milésime Grand cru Brut. Produtor: Earl E. Barnaut. Região: Montagne de Reims. Preço R$280,00. Os aromas são florais, de avelã tostada, feno e cerejas . Sua perlage é muito fina e combina com a alta gastronomia de pescados e crustáceos.
-       Espumante: Giulio Ferrari Riserva del Fondatore 1997. Produtor: Ferrari Fratelli Lunelli Spa. Região: Trento, Itália. Preço Cr$538,20. Este espumante foi o top da noite, superando até mesmo os champagnes. O seu perlage se apresentou finíssimo, numeroso e persistente. Apresentou também grande potência, mas com elegância. Revelou aromas de manteiga, avelã, mel e perfume de croissant. Combina com a alta gastronomia, sobretudo aquela à base de crustáceos.


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Vinícola Roberto Voerzio

Este ano de 2014, fui pela segunda vez ao Piemonte, para visitar vinícolas. Selecionei dois grandes produtores de vinho para visitar.


Um deles foi Roberto Voerzio, cuja propriedade fica em La Morra, região produtora de grandes vinhos.


Com certa dificuldade, encontrei o local da vinícola, pois La Morra, um pequeno vilarejo, fica numa colina com inúmeros produtores agrícolas.


A visita começou com o nosso entusiasmado cicerone explicando que a cantina estava sendo duplicada, o que causava certa dificuldade no acesso a ela.


Começamos a visita pela área de vinificação que fica na parte de baixo da propriedade. Ela foi instalada neste local, com o objetivo de abrandar a influência climática no processo de produção do vinho.


Passamos pelas cubas de aço inox, indo em seguida para a área onde se encontram as barricas de afinamento dos vinhos.


Depois fomos para a parte de cima da propriedade, onde estava a área de engarrafamento e embalagem, terminando a visita na sala de recepção de visitantes e degustação.


Começamos a prova pelo Langhe Nebiolo 2011, que fica 8 meses em cubas de inox e 12 meses em barricas (30%novas) de 25 hl. É um vinho com uma excelente estrutura, cor profunda e complexidade.Tem um corpo amplo, com taninos aveludados e persistentes

Barolo 2009 La Serra,  passa 8 meses em cubas de inox, 24 meses em barricas usadas de 15 hl e mais 8 meses em garrafa. O vinho apresenta uma cor rubi. No nariz nota-se aromas de tabaco, blackberry e especiarias. Na boca ele é potente, parecendo um licor de cerejas, ainda com aromas de cedro, couro e especiarias. Este parece ser o mais rico e concentrado produto da vinícola.


Barolo 2009 Rocche dell’Annunziata Torriglione, passa 8 meses em cubas de inox, 24 meses em barricas usadas de 15 hl e mais 8 meses em garrafa. Este é um Barolo excepcional, com uma cor rubi profundo. Os seus aromas são de cerejas, especiarias, chocolate e tabaco. O seu corpo é médio delicado e sedoso, com taninos finos e cremosos no palato. Na safra 2000 ele ganhou 100 pts WS.

Barolo 2008 Rocche dell’Annunziata Torriglione.

Barolo 2009 Riserva vecchie dei Capulot dell Brunatte (o 2010 custa 170 euros),  passa 8 meses em cubas de inox, 15 meses em barricas (30% novas) de 15 hl e mais 18 meses em garrafa. Sua cor é de um rubi profundo. Os aromas são de violeta, especiarias, geléia de framboesa. Ele é bem estruturado, muito refinado e concentrado, com taninos finíssimos e persistentes. Uma maravilha!


Barbera D’Alba 2010 Pozzoanunziata, passa 5 meses em cubas de inox, 24 meses em barricas usadas de 15 hl e mais 8 meses em garrafa. Apresenta uma cor púrpura profunda, aroma de geléia de framboesa, cassis, café e mofo. Muito intenso e agradável na boca, com taninos sedosos e polidos, com muita persistência.


Barolo 2004 Fossati Case Nere, Riserva 10 anni (custa 170 euros). Este vinho estava no ponto perfeito de ser bebido, rico delicado, profundo e muito agradável. Foi bebido no final da degustação e recebeu nota de ouro.


A vinícola de Roberto Voerzio foi fundada em 1986 em La Morra, cidadezinha no coração do Langue, no Piemonte.


A vinícola começou com plantações de 2 ha, adquirindo posteriormente terras famosas pela produção de Barolo La Serra, como: Brunate, Cerequio Sarmassa, Rocche dell ‘Anucnziata, Fossati, Case Nere. Estas áreas são excelentes também para o cultivo de vinhas para produção de Dolcetto, Barbera, Nebiolo e Merlot.


A vinícola, com o tempo, aumentou o seu número de vinhas por adensamento. O adensamento chegou a valores entre 6.000 e 8.000 pés por hectare. Outra medida para melhorar a qualidade dos vinhos foi a redução da produtividade para 500 / 700 g por pé.


A vinícola sempre trabalha de forma mais simples e tradicional, deixando que o vinho seja a pura expressão do terroir.


A área plantada de todas as propriedades se limita a 20 ha, produzindo um total de 40.000 a 60.000 garrafas por ano.


Em mais de 20 anos, as vinhas tem sido trabalhadas com maior respeito à natureza. Depois de cada colheita, as parreiras são fertilizadas a mão, com húmus, de acordo com a necessidade de cada planta, à partir de análise da cor das folhas e do seu vigor.


Não são usados fertilizantes químicos, herbicidas fungicidas ou outras substâncias que possam interferir no ciclo de vegetação das vinhas ou no processo de amadurecimento da uva.


As vinhas são podadas intensamente no inverno, ficando apenas entre 5 e 8 botões em cada planta. O primeiro desbaste começa no início de julho, quando mais de 50% das uvas são removidas, restando 5 cachos por pé. Uma segunda poda é feita em meados de agosto.


Desta forma, os frutos colhidos são saudáveis, ricos em açúcar, aromas e perfumes, qualidades que são transferidos para o vinho durante o processo de fermentação.


A fermentação alcoólica dos vinhos dura de 10 a 30 dias, de forma espontânea, sem fermento.


Nenhum produto é utilizado para alterar o vinho, como aumento de cor, estrutura ou aroma.

Após a fermentação maloláctica, em tanques de inox, os vinhos (exceto o Dolceto) são transferidos para barris de carvalho, para refino.

Os vinhos não são filtrados e só devem ser abertos após 5 ou 6 anos (exceto o Dolceto), período de afinamento do vinho. Desta forma, os vinhos continuam evoluindo, por um período de 20 à 30 anos, desde que guardados em condições ideais.

No final da degustação, Roberto Voerzio apareceu na sala e, com toda sua simpatia, respondeu nossas dúvidas.


Foi uma visita maravilhosa, que me fez concluir que, pequenas vinícolas como esta, tem mais personalidade e também nelas ocorre um engajamento maior dos operários. Todos os funcionários prestam os serviços necessários, desde a recepção até a colheita, assim como em outras atividades da propriedade.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Guia Descorchados 2014

Participei do lançamento do guia Descorchados, que é responsável por classificar os vinhos da Argentina, Chile e Uruguai.

Nesta ocasião estiveram presentes no lançamento: Patricio Tapia, autor do livro e vários produtores de vinhos e enólogos.

Neste mesmo evento mais de 30 Vinícolas participaram:

Achavel Ferrer, Bodegas RE, Bressia, Cacique, Maravilla, Calcú, Carmelo Patti, Casa Silva, Casas del Bosque, Catena Zapata, Concha Y Toro, De Martino, Decero, Dominio Del Plata, Errázuriz, Ficas Las Mor, Juanicó, Maitia, Matias Ricciteli, Morandé, Passionate Wines, Pizzorno, San Pedro, Terrazas de Los Andes, Tabali, Trabun, Trapixe, Tres Palacios, Ventisquero, Ventolera, Viñedo de Los Vientos, Viu Manent, Zorzal Wines, Zuccardi, Undurraga

Durante o lançamento, tive o prazer de conhecer a gentil Suzana Balbo, famosa enóloga argentina.

Os vinhos disponíveis para degustação eram desde os mais simples de cada vinícola, até vários de primeiras linhas.

Os vinhos chilenos que para mim se destacaram, foram:


Casa del Bosco Pequeñas Produciones, Sauvignon Blanc, que foi classificado com 94 pts. Ele é produzido no vale de Casabranca onde fica maturando por 2 meses (incluindo fermentação) em barricas. Ele é amplo, suculento, com sabores de frutas e cítrico.


Casa Silva, vinho Altura 2008, do vale de San Fernando, que obteve 95 pts. As cepas usadas são: Carménère 50%, Cabernet Sauvignon 25% e o restante Syrah e Petit Verdot. As cepas são maturadas separadamente, em madeira, por 14 meses. É um vinho potente e delicado ao mesmo tempo. Seus taninos são macios e a persistência é longa.


Errázuris, com seus excelentes vinhos Chadwick 2011, Errazuris 2011, que mostravam grande potencial, porém estavam muito novos. O vinho The Red Blend obteve 96 pts. Ele é feito com as cepas: Garnacha 55%, Movèdre, Syrah, Carignan e Marsane.


Viu Manent com, o Vibo Punta del Viento 2011, que obteve 94 pts, das cepas Grenache 68%, Mouvèdre e Syrah. Sua cor é de um grená brilhante, equilibrado e persistente. O seu ícone Viu 1 também estava presente.


Os argentinos que se destacaram:


Cheval de los Andes 2009, que obteve 94 pts, produzido com as cepas: Malbec, Cabernet Sauvignon e Petit Verdot. O vinho é bem estruturado, porém suave.


Dominio del Plata, da Suzana Balbo, com seus vinhos: Ben Marco Expressivo,  Nosotros e Brioso, que ganharam 93 pts.


Zuccardi, com seu Z, que ganhou 92 pts, que achei melhor do que seu top, Aluvional, com 93 pts, pois estava no ponto para ser bebido.


Um vinho interessante foi o Pipeño, da cepa Cabernet Sauvignon, que obteve 92 pts no guia e que não passava por barrica. O intuito do produtor era o de que o vinho ficasse o mais perto possível da fruta. Achei um pouco estranho.


O De Marino apresentou, entre outros o Viejas Tinajas 2012, da cepa Muscat, que levou 96 pts. Um vinho branco, para levar esta pontuação, tem que ser muito bom. Ele fica em ânforas de barro, de quase 100 anos, em contato com as peles das uvas por 9 meses.

Do Uruguai provei:


O branco Cocó 2011, da vinícola Bouza, das cepas Chardonnay e Albarinho, que ganhou 90 pts. É um vinho interessante, apesar do nome estranho. Tem textura e suavidade, com leve doçura e notas de damasco. O Tannat B2 Parcela única ganhou 92 pts. Mostrou taninos equilibrados. É um vinho de guarda.



O evento em geral foi muito interessante, pois nos mostrou todo o potencial do Cone Sul.

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