terça-feira, 1 de julho de 2014

Vinícola Prunotto, Piemonte

Em 2014, fui ao Piemonte, pela segunda vez, para visitar importantes vinícolas da região, ficando para isto, hospedado na cidade de Alba.


A primeira vinícola que visitei foi a Prunotto, que pertence ao grupo Antinori, da Toscana.


Esta vinícola foi fundada em 1904, com o nome de Ai Vini Delle Langue.


Sua primeira vendemia ocorreu em 1905.

Em 1922 a cantina passou por problemas financeiros, mas foi logo levantada em 1923, por Alfredo Prunotto, que acabou por colocar o seu nome na empresa.


Em 1961 a Prunotto iniciou uma política de individualização de zonas vinícolas típicas, fazendo a vinificação separada de cada cru.


Em 1989 a cantina Antinori ocupou-se da distribuição de vinhos da Prunotto, passando em 1994 a ocupar-se também da produção dos vinhos.

Apesar da cantina ficar praticamente dentro de Alba, encontrei alguma dificuldade de encontrá-la e necessitei de auxílio de pessoas, além do GPS, para chegar lá.


Fui recepcionado na cantina e iniciei a visita, passando pelas cubas de fermentação de inox. Cubas com controle de temperatura.


Fomos em seguida, às salas das barricas, onde os vinhos passam por um processo de envelhecimento.


Fiquei impressionado pela automação dos processos, onde por isto mesmo, trabalham poucos funcionários.


A recepcionista da Prunotto me disse que toda a parte de comercialização da vinícola é feita pela Antinori, na Toscana, para onde os vinhos são enviados para expedição.

Fomos depois para a sala de degustação, onde provei:

Branco Roero Arneis, da uva Arneis. É um vinho seco, moderno e com personalidade. Apresenta aromas de flores.


Fiulot, Barbera D’Asti DOCG. É um vinho frutado, para beber ainda jovem e fácil de agradar.

Prunotto Barbera D’Alba DOC, que tem características tradicionais do Piemonte, redondo, sem qualquer aspereza. Ele fica 10 meses em barrica de carvalho francês de 75 Hl, passando ainda por 4 meses em garrafa. É um vinho pronto para beber e muito agradável.

Mopertone Monferrato Rosso DOC, feito com 60% de Barbera e 40% de Syrah. A uva Syrah fica fermentando por 10 dias em barrica de 50 hl. O afinamento é feito por 10 meses, sendo 60% em barricas francesas novas e 40 % em barricas de 2ª e 3ª passagem. Em seguida o vinho fica 6 meses em garrafa. Tem um aroma de frutas e café. Ele é envolvente na boca, elegante e persistente.


Prunotto Costamiòle, Barbera d’Asti: a fermentação é feita em barricas novas e o afinamento por 12 meses em garrafa. É um vinho estruturado e elegante, com perfume de frutas.


Prunotto Bric Turot, Barbaresco: o afinamento do vinho é feito por 12 meses em barricas de 50 Hl, de 2º e 3º uso e mais 10 meses em garrafa. Ele é bem estruturado e elegante. O vinho tem aromas complexos, de frutas vermelhas, canela e flores. Ele é persistente e seu corpo é cheio e os taninos são agradáveis.


Finalmente provei o Barolo Bussia, que é um produto tradicional da cantina, desde 1961. Ele permanece por 24 meses em barricas de50 hl, sendo que uma parte das barricas é de 2ª e 3ª passagem, que confere maturidade e equilíbrio, ao vinho. Ele fica ainda 12 meses em garrafa. Os aromas são intensos, de especiarias. Na boca ele é pleno, equilibrado e persistente, uma maravilha!


A visita foi muito agradável e nela pude provar inclusive, vinhos que não são trazidos para o Brasil.


Tenho que agradecer ao meu amigo fotógrafo Johnny Mazzilli e a Patricia Kozmann da Winebrands! Foram eles que me facilitaram esta visita à Cantina Prunotto. Grazzie!

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