Em 2014, fui ao Piemonte, pela segunda vez, para visitar
importantes vinícolas da região, ficando para isto, hospedado na cidade de
Alba.
A primeira vinícola que visitei foi a Prunotto, que pertence
ao grupo Antinori, da Toscana.
Esta vinícola foi fundada em 1904, com o nome de Ai Vini
Delle Langue.
Sua primeira vendemia ocorreu em 1905.
Em 1922 a cantina passou por problemas financeiros, mas foi
logo levantada em 1923, por Alfredo Prunotto, que acabou por colocar o seu nome
na empresa.
Em 1961 a Prunotto iniciou uma política de individualização
de zonas vinícolas típicas, fazendo a vinificação separada de cada cru.
Em 1989 a cantina Antinori ocupou-se da distribuição de
vinhos da Prunotto, passando em 1994 a ocupar-se também da produção dos vinhos.
Apesar da cantina ficar praticamente dentro de Alba,
encontrei alguma dificuldade de encontrá-la e necessitei de auxílio de pessoas,
além do GPS, para chegar lá.
Fui recepcionado na cantina e iniciei a visita, passando pelas
cubas de fermentação de inox. Cubas com controle de temperatura.
Fomos em seguida, às salas das barricas, onde os vinhos
passam por um processo de envelhecimento.
Fiquei impressionado pela automação dos processos, onde por
isto mesmo, trabalham poucos funcionários.
A recepcionista da Prunotto me disse que toda a parte de comercialização
da vinícola é feita pela Antinori, na Toscana, para onde os vinhos são enviados
para expedição.
Fomos depois para a sala de degustação, onde provei:
Branco Roero Arneis, da uva Arneis. É um vinho seco, moderno
e com personalidade. Apresenta aromas de flores.
Fiulot, Barbera D’Asti DOCG. É um vinho frutado, para beber
ainda jovem e fácil de agradar.
Prunotto Barbera D’Alba DOC, que tem características
tradicionais do Piemonte, redondo, sem qualquer aspereza. Ele fica 10 meses em
barrica de carvalho francês de 75 Hl, passando ainda por 4 meses em garrafa. É
um vinho pronto para beber e muito agradável.
Mopertone Monferrato Rosso DOC, feito com 60% de Barbera e
40% de Syrah. A uva Syrah fica fermentando por 10 dias em barrica de 50 hl. O
afinamento é feito por 10 meses, sendo 60% em barricas francesas novas e 40 %
em barricas de 2ª e 3ª passagem. Em seguida o vinho fica 6 meses em garrafa.
Tem um aroma de frutas e café. Ele é envolvente na boca, elegante e
persistente.
Prunotto Costamiòle, Barbera d’Asti: a fermentação é feita
em barricas novas e o afinamento por 12 meses em garrafa. É um vinho
estruturado e elegante, com perfume de frutas.
Prunotto Bric Turot, Barbaresco: o afinamento do vinho é
feito por 12 meses em barricas de 50 Hl, de 2º e 3º uso e mais 10 meses em
garrafa. Ele é bem estruturado e elegante. O vinho tem aromas complexos, de
frutas vermelhas, canela e flores. Ele é persistente e seu corpo é cheio e os
taninos são agradáveis.
Finalmente provei o Barolo Bussia, que é um produto
tradicional da cantina, desde 1961. Ele permanece por 24 meses em barricas de50
hl, sendo que uma parte das barricas é de 2ª e 3ª passagem, que confere
maturidade e equilíbrio, ao vinho. Ele fica ainda 12 meses em garrafa. Os
aromas são intensos, de especiarias. Na boca ele é pleno, equilibrado e
persistente, uma maravilha!
A visita foi muito agradável e nela pude provar inclusive,
vinhos que não são trazidos para o Brasil.
Tenho que agradecer ao meu amigo fotógrafo Johnny Mazzilli e
a Patricia Kozmann da Winebrands! Foram eles que me facilitaram esta visita à Cantina
Prunotto. Grazzie!
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