segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Viagem à Georgia, onde os vinhos são feitos por métodos antigos desde 8.000 anos A.C.

Através de meus estudos vínicos, encontrei noticias em que, pesquisas recentes indicaram que foram encontrados na Geórgia os vestígios mais antigos de produção de vinho, por volta de 8.000 anos AC. Como sou curioso, resolvi fazer, em 2019, um roteiro que permitiria passar uma semana na Geórgia. https://www.youtube.com/watch?v=NLXWC4enm_I


Apesar da língua e escrita ser única no mundo, consegui me entender com algumas pessoas e produtores em inglês, o que dificultava um pouco a comunicação. No entanto o povo é muito gentil, o que ajudou o entendimento.

A Geórgia fica no centro de um caldeirão de povos belicosos que invadiram e roubaram muito de sua riqueza e objetos históricos. Ela faz divisa com a Rússia, Turquia, Azerbaijão e Armênia e é próximo ao Irã. Ao norte e leste, os montes Caucasus separam o país de seus vizinhos e no oeste pelo mar Negro.

Por ser um país muito invadido, seus recursos são escassos e com muitas construções importantes em ruína. O país foi explorado por diversos povos como os mongóis, otomanos e fez parte da União da Repúblicas Socialistas Soviéticas que se dissolveu em 1991. Passou também por guerras separatistas com algumas de suas regiões, apoiadas pela Rússia, perdendo parte de seu território.

No entanto, o povo é guerreiro e defende sua soberania e nacionalismo, o que permitiu manter suas raizes. Até hoje é um povo orgulhosos de suas tradições e defendem ferrenhamente seu patrimônio e cultura.

A capital da Geórgia é Tblisis e está dividida em 10 regiões. Eles perderam a Abkhazia numa guerra separatista, que teve o apoio da Rússia. A região de Kakheti, no extremo oeste concentra a maior parte da produção de vinho.

Tiblisi é uma cidade que convive entre o antigo e o moderno e uma de suas tradições são as casas com balcões de madeira.

Os pratos mais encontrados são o Khachapuri, Khinkali e Badridjani. O Khachapuri (Khachapuri. Khacha significa queijo e puri Pão), que parece uma grande esfiha oval, com um queijo fundido, onde se adiciona uma gema de ovo e mistura com o queijo.

O Badridjane é feito com fatias grelhadas e enroladas em uma pasta de nozes com vários temperos.

O Khinkali é um tipo de troucha grande, parecido com a chinesa, recheada com carne e um caldo. Ele é comido com a mão, dando-se uma mordida na borda e tomando o caldo. O Khinkali. Gostei muito destes pratos!

A carne vem de ovelhas, cabras e um pouco de gado e são servidas com sua gordura e osso. Eles tem também os Kebabs grelhados.


O país é rico em cogumelos selvagens e são preparados em diversas formas.


Os pratos levam muitas especiarias, incluindo pimenta, que em muitas vezes é acentuada.

As saladas são em geral de pimentões pepinos, picles e tomates. Vimos poucas folhas no país e os vegetais são os da época e de cada região.

O doce tradicional é Churchkhela. Ela parece com uma linguiça,  mas é feito de nozes e uvas reduzidas, sem adição de açúcar. Particularmente não me agradou.


O povo é muito gentil e acolhedor e a Supra é um banquete onde servem o que tem de melhor ao visitante. A palavra significa também toalha de mesa.

As estradas que percorremos foram de pista única, praticamente sem acostamento. Muitas vezes os motoristas, para ultrapassar, empurram os que vem no sentido contrário para fora da estrada. Não é fácil dirigir lá.

Eu tinha alugado um carro lá mas acabei contratando um guia, Misho (https://www.facebook.com/search/top/?q=m%26n%20travel%20georgia&epa=SEARCH_BOX), com carro. Seria praticamente impossível chegar à algumas vinícolas, pois a maioria das pessoas não falam outra língua além do georgiano e o russo, que foi obrigatório nas escolas durante a ocupação.

Antes de fazer a viagem, comecei a entrar em contato com alguns produtores de vinhos, e principalmente Misha Dolidze, que é um médico, dono da vinícola Marani Casreli, próximo a Telavi. Misha me deu várias sugestões e estabeleceu contato com a embaixada da Geórgia em Brasilia.

Analisando o resultado da viagem, os objetivos foram atingidos além da expectativa, pois passei por uma imersão em uma cultura e um povo pouco conhecido. Em geral ainda me perguntam se é um estado dos EUA.

Visitei 6 vinícola, desde familiar até de grande porte, onde os processos de produção de vinho são tradicionais e onde fui recebido com toda riqueza e gentileza disponível.

Conheci também uma culinária bem diferente do que estava habituado e produtos de qualidade, como o suco de romã, que é delicioso.

Eu recomendo a agência de viagem local, de Misho Davitelashvili. acebook: https://www.facebook.com/mdavitelashvili?fref=search&__tn__=%2Cd%2CP-R&eid=ARBcox-is70juLvlGlwQbV_YwROPzbVpg9xfQQS1IgYQvisbJdt-z8d3P0v3wb0UCamPvnJsKm4qIxM6

Quem organizou esta complicada viagem e reserva de hotéis foi a Checkout Turismo fone: +55 11 5561.2244.

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