terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A divina Firenze

Uma viagem pela Toscana não poderia deixar de passar por Firenze, mesmo se você já a conheceu.
Firenze é a cidade mais importante da Toscana e é também a sua capital.

A comida e o vinho desta cidade são importantes pilares da economia na região da Toscana, uma das maiores áreas produtoras de vinho do mundo. 
Foto: Lateral do rio Arno
A região do vinho Chianti fica logo ao sul da cidade. As uvas Sangiovese, plantadas na região, são importantes não só na região do Chianti Clássico, mas também na produção dos Supertoscanos e do Brunello em Montalcino.
Foto: Ponte sobre o rio Arno
Firenze já foi considerada a capital da moda, perdendo atualmente este título para Milão. É considerada o berço do Renascimento italiano e é uma das mais belas cidades do mundo!
Foto: Casa de Dante
Tornou-se conhecida também, por ser onde Dante Alighieri, autor da ”Divina Comédia”, marco da literatura universal nasceu.
Quando a Itália foi unificada, em 1861, o dialeto escolhido para a língua italiana foi o de Firenze, falado por Dante Alighieri, por ser o mais bonito da Itália.
A origem da cidade é etrusca, cidade governada pela poderosa família Médici, entre os séculos XV e XVIII.
Firenze contém diversas obras de artistas famoso como: Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Giotto, Botticelli, Rafael e Donatello, entre outros.
A cidade é viva, com tantas obras de arte e animação, invadida por turistas, como nós.
Foto: Estudantes em festa
Tentamos antecipar um dia a chegada à cidade, mas como era domingo, nosso hotel estava lotado. Tivemos que nos conformar com um hotel encontrado na periferia.
À noite pegamos um ônibus e fomos para o centro, na ansiedade de ver todas aquelas belezas.
Descemos ao lado do rio Arno, já com uma vista distante para a divina ”Ponte Vecchio”.
Foto: Ponte Vecchio
O agito era grande e impossibilitava que tirássemos uma foto daquela maravilha, como desejávamos, sem transeuntes.
Fomos caminhando (no centro antigo não passa carro) até o Mercado Novo, onde cumprimos o ritual de passar a mão no focinho do javali, gesto que dizem, dar sorte.

Vimos no chão do mercado uma roda onde os mercadores desonestos eram presos e bombardeados de frutas.
Artistas pintavam o chão da rua, ajudando a decoração de uma cidade de artesãos.

Fomos ao Palazzo Strozi, na Piazza dela Signoria, conhecido como Palazzo Vecchio, que é o maior palácio de Florença. Lá vimos a réplica da estátua de David de Michelângelo, pois o original se encontra na Accademia, protegida dos muitos visitantes.

Continuamos até a Piazza de San Giovanni, onde está o Duomo, em mármore travertino, brancos alternando com cinzas. O Duomo tem no seu topo a divina cúpula de Bruneleschi, com seus diversos pontos que trazem a luz externa para iluminar o interior da catedral.

Vimos também a sólida igreja gótica franciscana de Santa Crocce, na praça do mesmo nome, construída em 1294, uma das maiores igrejas cristãs. Dá para compreender a imensa popularidade da pregação franciscana. Nesta igreja encontra-se o túmulo de Michelangelo, uma obra pesada de Giorgio Vasari, com o busto do grande artista e figuras que representam a pintura, a escultura e a Arquitetura de Michelangelo, que morreu em Roma em 1564.

Passeamos então por um bairro boêmio onde havia todo tipo de gente, das mais diversas tribos, curtindo a noite.
No dia seguinte pegamos o carro e entramos pelo labirinto do centro antigo, até o nosso novo hotel. Lá guardamos o carro numa dispendiosa garagem, até sairmos de Firenze.

Visitamos a Basílica de San Lorenzo, que é a segunda igreja mais importante da cidade, depois do Duomo. Foi fundada no século 4°, sendo catedral por 400 anos. No início do século 15 tornou-se a igreja oficial da família Médici e foi reconstruída, com projeto de Filippo Brunelleschi.

Passamos pela casa de Dante, que é uma reconstrução, datada de 1911, de sua casa original que ficava próxima desta. Lá existe um pequeno museu que mostra como era a vida na época de Dante.
Fomos ao famoso Bar Vivoli Gelateria, famoso por produzir o melhor sorvete da cidade. Enfrentamos uma fila que foi recompensada por um divino sorvete de “nocciola”.

Passamos na Galeria Degli Uffizi, que é uma das maiores e mais antigas do mundo, com 1800 pinturas e esculturas dramáticas, que mais parecem vivas. Para visitar esta maravilha, é necessária uma enorme paciência, pois é frequentada por mais 1,5 milhões de pessoa por ano. Só entram 660 pessoas por vez.

À noite fomos experimentar a famosa Bisteca à Fiorentina, que é boa, mas que fica devendo para as carnes especiais do Brasil.
Escolhi o vinho Aurelio Merlot, Borgo la Cacia, produzido na região de Brescia, região de Verona. É um vinho com um aroma suave, amplo e elegante de frutas vermelhas e especiarias. Na boca é suave, denso, com boa estrutura e persistência, dando um paladar de cerejas escuras e especiarias. O vinho combinou muito bem com o prato.

Começamos o dia seguinte visitando a farmácia “Officina Profumo-Farmaceutica di Santa Maria Novella” (na via dela Scalla16), uma das mais antigas do mundo, com afrescos pelo seu teto e móveis decorados em marchetaria, mais que um imóvel, uma obra de arte! Dizem que as receitas originais de suas fórmulas curadoras são dos monges de Santa Maria Novella.

Voltamos para a praça, para subir até a cúpula de Bruneleschi. Este foi um programa cansativo, pois tivemos que subir 4.000 degraus!

Voltamos à ponte Vecchio, para tirar mais fotos e provar mais uma vez o divino sorvete italiano local, e passeamos ao largo do rio Arno.

Partimos no dia seguinte para o interior, em direção à região do Chianti, para conhecer a vinícola Casa Brancaia.

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