Uma das alternativas mais prováveis da orígens do nome Vin Santo vem do fato dele ser oferecido durante a missa.
É um produto do tipo “passito”, isto é, vem de uvas que depois de colhidas, passam pelo processo de desidratação, até virarem passa. As uvas em geral são prensadas na primavera posterior à safra.
Para elaboração do Vin Santo da Toscana, são usadas uvas brancas, em geral: Malvasia del chianti, Trebiano ou Grechetto.
Uma vez secas, elas são prensadas, sendo armazenadas em pequenas barricas, denominadas “Caratelli”, por um período de quatro a seis anos. Essas barricas contem uma levedura (ou madre), remanescente do lote anterior.
O Vin Santo pode ser seco, mas em geral é doce. Muitos são um néctar e tomados com biscoitos “cantucci” (de amêndoa), ou melhor, molha-se os biscoitos no vinho.
Falando em Vin Santo, lembrei-me do Santo San Francisco de Assis. Estivemos em três lugares por onde ele passou:
Em Cortona, fomos a um local chamado La Cella di San Francesco, onde em 1226, quatro meses antes de sua morte, São Francisco escreveu seu testamento. Este é um lugar muito simples e envolto na beleza natural, muito de acordo com os princípios do santo.
Foi em 1634, que os Capuccinos ergueram uma nova capela no local. Esta capela foi consagrada a São Antonio de Pádua, e reflete sua simplicidade, sem pretensão alguma arquitetônica e sem adornos artísticos, apenas com altar de madeira.
O local é maravilhoso, todo construído de pedras, onde vivem padres Capuccinos, da ordem dos franciscanos.
No caminho para Spoleto passamos pela cidade de Assis, onde nasceu e morreu São Francisco de Assis, onde já tínhamos nos hospedado há 21 anos atrás.
Em cima do morro, com uma super-infraestrutura de estacionamentos, a cidade não parecia mais aquela bucólica que havíamos conhecido antes... Mesmo assim procurei por lugares mais simples para fotografar.
Lotada de turistas, Assis está cheia de lojas e lanchonetes, algumas de artesanato e comida de muito mal gosto.
Diferente de outros lugares que São Francisco passou, o local mostra a pomposidade da igreja católica, chocando com a simplicidade do santo.
Procuramos por algumas vielas e casas que pudessem trazer o passado à tona, bem como a singela cidade do passado.
Achamos o hotel onde nos hospedamos, que tem uma linda vista do vale.
Decepcionado com o que a igreja de hoje fez daquele local, fomos embora para Spoleto.
Quando ficamos em Monteluco de Spoleto vimos um convento de franciscanos, no meio de um bosque secular.
Neste local, é permitida a visita apenas à capela, pois o monastério é fechado.
Em 1218, São Francisco fundou um “cenacolo” em Monteluco, onde hoje é um santuário Franciscano.
No convento existe ainda um poço, uma capela-oratório e a pequena “celle” de São Francisco.
Um lugar muito especial!
Próximo texto: visita à Spoleto.
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