A apresentação foi feita pelo enólogo da vinícola, Alessandro Cellai, que nos chamou a atenção para o fato de que em todas as vinícolas Castellare é adotada a Produção orgânica.
Explicou-me que a vinícola tem 3 propriedades, sendo que 2 naToscana e uma na Sicília.
A vinícola Podere Castellare di Castelina é a mais antiga e fica próxima à cidade de Castellina in Chianti, que por sua vez fica no Centro da região do Chianti, na Toscana.
Esta vinícola trabalha exclusivamente com uvas autóctones da região. Explicou-me também que 95% dos produtores de Chianti, complementam a uva Sangiovese com uvas francesas, tais como como Cabernet Sauvignon e Merlot, descaracterizando o vinho Chianti
Os vinhos servidos nesta degustação,desta propriedade, foram:
Le Ginestre di Castellare 2010. É um Vinho branco das uvas Chardonay 40% e Sauvignon Blanc 60%, que envelhece 4 meses na garrafa. O preço é US$39,90, um pouco caro para este tipo de vinho. É um vinho agradável, fresco, com a profundidade da Chardonay e o aroma da Sauvignon.
Chiante Classico 2009, das uvas Sangioveto (clone da Sangiovese). O seu preço é de US$55,90. É um vinho equilibrado, de bom tanino, bem agradável. Um digno representante do Chianti Clássico. Ele fica 7 meses em barrica francesa, de segundo uso e mais 7 meses em garrafa. O enólogo disse-me que: são utilizadas barricas de segundo uso para tal, pois as de primeiro uso, interferem neste tipo de vinho.
I Sodi di San Nicolo 2006, das uvas Sangioveto (85 a 90%) e Malvasia nera é o Supertoscano desta vinícola. O afinamendo deste vinho é feito em barricas novas de carvalho francês, de primeiro uso e mais 12 meses na garrafa. É um vinho muito bom, com excelentes taninos que devem melhorar com mais alguns anos. Questionado sobre o tanino, o enólogo disse que era próprio para tomar com carne e estava no ponto, mas é um vinho longevo que melhora com o passar dos anos. Este vinho ganhou vários prêmios.
A segunda propriedade, Rocca di Frassinello, fica em Marema, na Toscana, a 6 km do mar, e é uma Joint venture com a vinícola Domanin Barão de Rothschild-Lafite.
O projeto da Rocca é do consagrado arquiteto Renzo Piano, sendo que, apenas 20 % da cantina fica fora da terra. O prédio tem um coletor de luz solar, propiciando luz natural no seu interior e é dotado de um sistema de controle climático.
Desta propriedade, provamos o vinho Poggio ala Guardia 2006. Este é o vinho mais simples, feito com as uvas: Merlot (45%), Cabernet Sauvignon (40%) e Sangioveto (15%). O preço é US$49,90, um pouco caro para este tipo de vinho. Passa 4 meses em garrafa e é um vinho fácil de beber.
A terceira propriedade Feudo del Pisciotto nasceu em 1999, na Sicília, próximo à cidade de Siracusa.
Sua cantina atual foi construída junto a uma cantina história, no tempo dos romanos, um verdadeiro museu.
Nesta época já era usado o processo por gravidade, técnica da qual se fala muito hoje em dia.
Cantina Romana
Esta cantina tem 2 linhas de produção, uma mais básica e outra Grande Stilisti. A linha Grande Stilisti tem os selos criados por grandes estilistas da Itália, como por exemplo, Versace.
Uma parte da receita destes vinhos é destinada à cultura italiana, na conservação de obras de arte Sicilianas.
Provamos o Versace Nero d' Avola 200, que é feita 100% com a uva Nero d'Avola, a principal uva da Sicília. Tem grande elegância e disseram que ele tem capacidade de evoluir com o tempo. Seu envelhecimento se dá em barricas, 50% novas e 50% de segundo uso, e mais 12 meses em garrafa. O vinho custa US$ 59,90.
O enólogo também nos apresentou um vinho da sua própria vinícola, Podere Monastero, em Castelina in Chianti. Ele disse que tem o sonho de produzir um grande Pinot Nero na sua propriedade. O local desta vinícola era um velho monastério.
Na propriedade foram plantadas as uvas pinot nero em 50% do terreno e no restante Cabernet Sauvignon e Merlot.
Provamos o vinho La Pineta Pinot Nero 2008. Seu preço é US$119,50, este vinho tem afinamento em barrica por 9 meses. É um vinho bom, mas com preço alto.
O evento foi interessante em vários aspectos:
-Saber que existe uma preocupação mundial com a agricultura biodinâmica.
-Ver que grandes grupos italianos estão investindo em diferentes regiões vinícolas.
-Notar que os italianos estão empenhados em manter e divulgar sua cultura, mantendo prédios milenares em boas condições e disponíveis à visitação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário