sexta-feira, 1 de junho de 2012

Madri

A primeira vez que estivemos na Espanha foi em 1990, quando visitei Madri e Barcelona. Voltamos para lá em 1999, nesta ocasião procurei conhecer as cidades mais interessantes daquele país.

A porta de entrada para a Espanha foi Madri, onde percebi um grande crescimento entre o ano de 90 e 99. Neste período, o aeroporto de Barajas tinha dobrado de tamanho. Pena que hoje em dia, a Espanha esteja com problemas monetários e de emprego, pois seu crescimento me pareceu muito consistente.

Acho que a parte negativa da entrada do país no mercado comum europeu foi o aumento do custo para os turistas. Antes a Espanha era um destino barato na Europa, assim como Portugal e Grécia. Com o mercado comum, a Espanha se tornou um dos países mais caros da Europa.
O povo espanhol, apesar de ter uma aparência sisuda, recebe muito bem os turistas, da mesma forma que o português, o que torna a viagem muito agradável.
A região de Madrid foi ocupada pelo homem, desde a pré-história. Durante a ocupação da península Ibérica pelos árabes, foi construída, na região, um pequeno palácio, onde se situa atualmente o Palácio Real de Madrid.

Em torno deste palácio se desenvolveu uma povoação chamada al-Mudaina, que foi conquistada em 1085 pelo rei Afonso VI de Castela, na investida militar para retomar a cidade de Toledo, dos árabes.

O reino de Castela, cuja sede era Toledo e o de Aragão, com sede em Zaragoza, se uniram, formando a Espanha. Em 1561, o rei Felipe II mudou-se para Madrid, tornando a cidade a capital da Espanha.

A Espanha é o segundo país vinicultor mais antigo da Europa ocidental. O vinho ali começou a ser feito na Andaluzia entre 1100 e 500  A.C Inicialmente pelos mercadores fenícios e depois pelos gregos. Os romanos chegaram em 200 A.C., transformando a viticultura essencialmente familiar, em uma indústria capaz de suprir suas legiões e Roma, dando origem ao primeiro mercado exportador da Espanha.

Os mouros invadiram a Espanha em 711, suspendendo a produção de vinhos por vários anos.
A área ao sul de Madrid constitui a DO dos vinhos Madrid.  São cultivadas ali a uva Malvar para vinhos brancos; e Garnacha, para os tintos.
Mudando agora da história da cidade para a minha história da viagem, começamos pegando um taxi no aeroporto de Barajas e nos dirigindo a Madrid.

No caminho, do aeroporto à Madrid, observei que a região era muito árida. Comentei o fato com o motorista de taxi, que rispidamente me respondeu: “Como pode ser árida esta região, se temos em Madrid o “Rei del Jamon”??? (salumeria típica de Madrid, com presuntos pendurado no teto, suando gordura em copinhos).
Isto de cara me revelou o amor que os madrilenhos têm por seu país e me fez notar que talvez minha pergunta tenha sido percebida (sem intenção) como uma ofensa.
Ficamos hospedados no hotel Ingles, que fica bem localizado, próximo à praça Puerta del Sol, e o centro da cidade.
Passeamos pelo centro, pelas praças com fontes imponentes e pelo ”Parque del Retiro”, com um lago deslumbrante.

Perto de nosso hotel se localizava o  tal do “Museu del Jamon” onde comíamos sanduiches divinos. Contávamos também com um simpático bar, onde tomávamos café da manhã acompanhado de medias lunas (croissants) com Jamon crudo (presunto). Assistimos a preparação de uma paella, numa panela enorme e nos entretivemos com esta cultura espanhola gastronômica. A comida na Espanha é levada a sério.

Fomos ao “Museo Nacional del Prado”, com seu imponente acervo, sendo o mais importante da Espanha e um dos mais admiráveis do mundo. Este museu abriga inúmeras e valiosíssimas coleções de pinturas e esculturas.

Á noite nos dirigimos para a Plaza Maior, rodeada de todos os lados, por edifícios de três pisos, com 237 varandas. Sua entrada pode ser feita por 9 pórticos. O pórtico mais famoso é conhecido por “arco de los cuchileros”. Tentamos comer um “cuchinillo”, (que é um porquinho tão macio, cortado com um prato), num restaurante tradicional, embaixo de um dos pórticos, no entanto ele estava lotado. A noite fervilha em Madrid!

No dia seguinte, fizemos uma excursão ao “Valle de los Caídos”, onde existe uma basílica encravada na rocha da montanha. Dizia o guia que, devido a um portão intermediário, que limita seu comprimento, ela se tornou a segunda basílica em comprimento do mundo, perdendo apenas para a de San Marco, no Vaticano. (Este mesmo guia nos falou que este portão foi colocado, por que não pode existir basílica maior que a do Vaticano). O “Valle de los caídos” é um monumento Franquista, em homenagem aos nacionalistas que morreram na guerra civil espanhola.

Visitamos também o imponente Palácio Escorial, na mesma região.  Ele fica a de 50Km de Madrid. O sítio de San Lourenço de Escorial, foi considerado patrimônio mundial pela UNESCO, incluindo um palácio, um mosteiro e uma biblioteca.

Em passeio de volta pela cidade, vimos a chegada do rei Juan Carlos, que na época era muito apreciado.
Continuamos nossa viagem para a cidade de Toledo que fica próxima a Madrid.

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