quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Évora - Alentejo


Do Algarve, fomos para a cidade de Évora, que fica na região do Alentejo e é a única cidade portuguesa que faz parte da rede de cidades europeias mais antigas.

O seu centro histórico bem preservado é um dos mais ricos monumentos de Portugal, sendo declarado, em 1986, Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Évora foi sede das tropas do general romano Sertório, que se uniu aos Lusitanos, enfrentando o poderio de Roma.

Na época da dominação muçulmana, a cidade teve seu esplendor político e econômico, graças a sua localização privilegiada. Nesta época foram construídas muralhas, um alcácer e uma mesquita na acrópole romana.

Entre os séculos XIII e XIV foi construída a Sé Catedral de Évora, uma das mais importantes catedrais medievais portuguesas, no estilo gótico.

Lá existe também a igreja de São Francisco, com sua capela de ossos, onde a parede foi construída com ossos incrustados. (alguns monumentos em Évora fecham no domingo, o que limita a visitação dos turistas).

As principais praças da cidade são: Praça do Giraldo, o Lago das Portas de Mouro e o Rossio.


O Alentejo é famoso por seus vinhos de alta qualidade, sendo junto com o Douro, uma das regiões mais importantes de Portugal na produção de vinho.
Nesta cidade dá para sentir como houve influência portuguesa no Brasil. No centro encontramos tipos e caras conhecidas como aquelas que vemos no Brasil, como por exemplo, o simpático desocupado que bate papo com os conhecidos da mesa, recebendo comida e bebida.

Fomos indicados a fazer uma refeição no restaurante Fialho, que nasceu em 1948, e é um dos mais recomendados da região. Nos deparamos então, com magníficos pratos tradicionais da região, como a ”favada real da caça” e a ”poejada de bacalhau”.

A experiência foi divina! Comemos um belo prato de bacalhau acompanhado pelo vinho do Alentejo, o Pera-Manca Branco, que harmonizou perfeitamente!


Nesta cidade senti dificuldades com a língua portuguesa de Portugal. Na cidade existiam diversas placas de restaurante com o prato “borrego”. Fiquei pensando o que seria isso, um burro pequeno? Descobri depois que o borrego é o filhote do carneiro.

Aproveitamos para conhecer os monumentos da cidade, como o aqueduto romano, sua catedral e o templo de Diana.

Como era fim de semana, a capela dos ossos estava fechada e infelizmente não pudemos conhecê-la.
De Évora voltamos para a Espanha, tendo como destino a cidade de Salamanca que estava ali pertinho.

sábado, 25 de agosto de 2012

Restaurante Sal


Aproveitei que estava na região da Paulista e fui almoçar no restaurante Sal (Sal Gastronomia), que fica na rua Minas Gerais 352 (fone: 3151-3085). É um lugar um pouco difícil de achar, pois sua entrada fica escondida nos fundos de um prédio preto e junto a uma galeria.

Já estive lá outras vezes, só não frequento mais porque ele não abre domingo, dia que, em geral, almoço fora de casa. Nos sábados o espaço abre das 12:00 às 24:00 horas.

Duas vezes que estive lá, sentei num balcão que dá de frente para a cozinha, uma vez que as mesas estavam ocupadas. Foi então, uma viagem ver os preparos dos pratos! Muitas pessoas trabalhando organizadas numa pequena cozinha.

As porções dos pratos são ensacadas em plásticos antes do preparo. O que  me pareceu muito prático para o processo de produção. Nunca tinha visto algo tão organizado... Era só tirar do saquinho, a porção e iniciar o preparo. Parecia uma orquestra, com tudo coordenado, algo de muito profissional!

O Chef e simpático proprietário, Henrique Fogaça, razoavelmente tatuado e de cabeça raspada, estudou gastronomia na FMU.

Conforme ele mesmo diz, o bom resultado da casa se dá pela utilização de bons produtos, cuidado na preparação dos pratos e uma equipe comprometida.

Outra vez que estive ali, degustei o divino ”tentáculo de polvo com batatas salteadas, brócolis no alho e tomate cereja” (Custa atualmente R$71,00).

Também já provei o ”lombo de cordeiro, com purê de dois queijos, shitake e molho de jabuticaba”, uma delícia!  (Custa atualmente R$65,00).

Nesta última vez, pedi o prato: lulas à provençal com risoto de búfala, tomate e hortelã. Estava muito bom, bem temperado e o risoto no ponto certo.

Para acompanhar, tomei meia garrafa do Casa Rivas Sauvignon Blanc 2011, do vale do Maipo, que estava bem razoável. Ele é importado pela Premium (fone: 2574.8303).

A sobremesa  que pedi foi o ”brigadeiro com castanha do Pará e sorvete de paçoca, que estava muito gostosa e custou R$14,00.

Acho que o ideal seria o restaurante oferecer vinhos em taça, com o auxílio de máquina, pois, em geral, o mercado de meia e mini garrafas de vinho é muito restrito.

Novamente sai do Sal muito satisfeito com os pratos que degustei e pretendendo voltar outras vezes, pois gosto muito deste tipo de cozinha criativa e moderna!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Degustação de vinhos da vinícola Kaiken



Participei de uma degustação de oito vinhos produzidos pela vinícola argentina Kaiken. Todos eles importados pela Vinci (fone2797.000).

A vinícola recebeu várias indicações de guias de vinhos como: Wine Entusiast, Descorchados e Argentina Wine Awards.


Kaiken é um pato selvagem da Patagônia, que atravessa do Chile para Argentina.

A apresentação foi feita pelo sr. Aurélio Montes Júnior, filho do chileno produtor dos bons vinhos Viña Montes.

Conforme ele me informou, foram os vinhos da Argentina que atraíram a família Montes para aquele país em 2011.

A vinícola trabalha com uvas de seus vinhedos e compra parte das uvas de várias regiões de Mendoza (Maipú, Cruz de Piedra, Ugarteche, Agrelo e Valle de Uco).

A sua adega foi projetada seguindo os preceitos do feng shui, inclusive na sala das barricas podemos ouvir cantos gregorianos que tocam ali enquanto os vinhos descansam.

O sr Aurélio é um ótimo vendedor, pois enfatiza os conceitos utilizados na produção dos vinhos.
Neste evento, a vinícola procurou focar em duas variedades de uva: Malbec e Cabernet Sauvignon, pois acredita que estas uvas são as que melhor se adaptam à região.

Os vinhos apresentados foram:

Espumante Kaiken Brut, com 12,4% de álcool. Ele é feito com as cepas Pinot Noir e Chardonay através do método tradicional. Ele é um espumante delicado e bem equilibrado. Só acho que seu preço é salgado, se pensarmos em relação aos espumantes nacionais. Seu preço é US$49,90.

Kaiken Rosé de Malbec 2011, com 13,5% de álcool. Este vinho tem a cor mais escura que outros roses, por que fica mais tempo (21 horas) em contato com a casca da uva.  Ele é fresco, frutado, mas um pouco mais intenso que outros roses. Seu preço é de US$21,90.

Kaiken Reserva Malbec 2010, com 14,5% de álcool. É um vinho de boa relação custo benefício. O preço é US$21,90.

Kaiken Reserva Cabernet Sauvignon 2010, com 14,5% de álcool. É um vinho de boa relação custo benefício. Custa US$21,90.

Kaiken Corte Malbec-Bonarda-petit Verdot 2009, com 14,5% de álcool. Este vinho é, a meu ver, mais equilibrado. Tem um preço um pouco superior aos dois anteriores. Custa US$25,90.

Kaiken Ultra Malbec 2009, com 15% de álcool. Este vinho também é melhor que os reservas, porém seu preço já é um pouco alto. Custa US$43,50.

Kaiken Ultra Cabernet Sauvignon 2009, com 15% de álcool. Achei este vinho superior ao Malbec, porém com um preço também um pouco salgado. Custa US$43,50.

Kaiken Mai – The First, com 15% de álcool. Este vinho é bem superior aos anteriores, mas seu preço já é bem alto. Custa US$159,50.

Enfim, foi uma boa oportunidade de conhecer os vinhos deste produtor.

Miolo chega na Argentina e desbrava seu quinto terroir

Grupo brasileiro adquire a Bodega Renacer, localizada em Luján de Cuyo - Mendoza, consolidando assim, sua internacionalização em uma das pri...