Hospedados em Avignon, estávamos próximo à região
do Luberon, denominada Roça Chique, por um amigo.
Resolvemos visitá-la!
Partimos logo cedo e já fomos encontrando
belezas pelo caminho!
Na estrada vimos um carro velho com esta
placa: “Huile d’olive, vente aux Particuliers”.
Não resistimos à curiosidade e fomos
conhecer o que ali se anunciava. Um antigo prédio onde tivemos uma aula sobre a
produção e as características do azeite deste lugar. Comprei ali mesmo um vidro
de azeite , ainda sem rótulo.
Em seguida fomos conhecer a graciosa vila
de Isle Sur la Sorge (25 km de Avignon), que é praticamente ilhada por canais
do rio Sorge. Existem nestes canais, rodas d’água que eram usadas em moinhos, principalmente
para a produção do azeite de oliva.
Algumas mansões da cidade de Isle foram
convertidas em museus, como a Maison René Char, que conta com trabalho de
artistas como: Miró, Maugin e Dufy.
Tivemos a sorte de pegar ali, um dia de
mercado, onde os produtores vendiam: frutas, queijos artesanais, azeitonas e
cestos de palha. Os queijos oferecidos neste mercado eram maravilhosos e, como
de costume, com aromas nem sempre agradáveis...
Na cidade, tomamos café à beira de um
canal, visitamos lojas de artesanato e fomos a uma loja de vinho, decorada com
cartazes pitorescos. Lá, comprei um Chateau Beaucastel 2004,
Chateau-Neuf-du-Pape (importado no Brasil pela Mistral) que está até hojem
descansando na minha adega.
Partimos então para Les Baux, encontrando
pelo caminho, um local com muitos ônibus de turistas e um cartaz: Catedrale
D’Images, Picasso.
Graças à curiosidade, foi ali que assistimos
a um dos maiores espetáculos de audiovisual que já vi. Numa enorme caverna, com
paredões escavados na rocha, eram projetados imagens e vídeos das obras de
Picasso, por todos os cantos! Tudo isso acompanhado de boa música, o que
tornava a experiência, num acontecimento especial!
Emocionados com o espetáculo, fomos depois para
a cidade de les Baux-de-Provence, que fica numa montanha de rochas.
Na idade média, Les Baux abrigou poderosos
senhores feudais que se diziam descendentes do rei-mago Baltazar. Era uma das
mais famosas Cours d’Amour provençais, nas quais trovadores louvavam damas bem
nascidas.
A glória de Les Baux terminou em 1632,
quando foi destruída por Luis XIII, por ter-se tornado uma fortaleza
protestante.
Les Baux embora considerada uma cidade
fantasma, pois de fato não moram pessoas ali, abrigam diversas lojinhas
charmosas de lavanda, artesanatos, temperos...que fazem do passeiodo turista,
um prazer!
A cidade seguinte foi Minérbe, que fica no
topo de um morro, onde almoçamos em um simpático restaurante, sombreado por uma
oliveira. Foi uma delícia passear por esta cidadela, com suas lojas de
artesanato e ver uma deslumbrante vista do vale!
Finalmente atingi o meu objetivo principal,
que era o de visitar Rossillon, que fica num morro coberto com terra de
diversas tonalidades de ocre.
A maioria das casas de Roussillon foram
construídas há aproximadamente 300 anos e são pintadas com os barros extraídos
das terras dali, formando uma paleta imensa de tonalidades.
Em volta da cidade, ficam as minas que
podem ser visitadas, de onde é extraído o material de pintura das casas.
Existem inúmeras lojas de artesanato e restaurantes.
Num destes restaurantes apreciamos uma divina tarte tatin de figos! A melhor
sobremesa que comi nesta viagem!
Passear pelas ruelas, apreciar as cores e
os cantinhos foi um programa divino, uma verdadeira viagem no tempo que eu
recomendo! (http://www.youtube.com/watch?v=S9VgeHyAdho).
O passeio pelo Luberon portanto, foi o
ponto alto da minha viagem pela Provence, capaz de recarregar minha energias para
continuar explorando a região!
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