Eu conheci os vinhos da Di
Lenardo numa liquidação da World Wine.
Foi lá que
comprei e gostei do seu Merlot: Just Me.
Todos os vinhos da Di
Lenardo tem nomes interessantes e estranhos.
É um
produtor moderno.
Uma das poucas regiões que não
conhecia da Itália era o Friuli.
Como em 2014 pretendia ir
ao norte da Itália, resolvi conhecer o Friuli e aproveitar
para visitar a Di Lenardo.
Entrei em contato com o
Tom, vendedor da World Wine, que conseguiu para mim, uma visita à cantina.
Fiquei hospedado em Udine
e de lá, fui para a vinícola.
Fui recebido pelo próprio
dono, o simpático Massimo Di Lenardo, na sua cantina, muito
organizada, praticamente impecável.
Ele gentilmente nos levou
a conhecer algumas de suas plantações, onde as minúsculas uvas já apareciam
nos cachos.
Voltamos à cantina, onde perguntei ao Di Lenardo, quem era
o seu enólogo e ele me respondeu, com toda propriedade e
segurança:
“Sou eu”.
Disse também Di
Lenardo: “Eu
não
sou perfeito, mas me assusta o quanto perto estou de ser perfeito”.
A vinícola dele
produz vinhos de qualidade, proveniente de uvas, que vem de suas próprias
parreiras, na região de Ontagnano (UD), situada no meio do Friuli.
Fisicamente as plantações e a
adega ficam na área do Friuli DOC Grave e Aquileia, produzindo
vinhos muito particulares, diferentes dos outros da região.
A sua família
cultiva vinhas na região há muito tempo, porém só em 1987 conseguiu atingir um grande padrão de
qualidade.
As uvas são
colhidas à
mão
e depois passam por refinados métodos de produção, baseados em princípios físicos e
temperatura controlada durante a fermentação.
Depois de conhecer a
adega, onde apenas um vinho passa por barrica, fomos à sala de degustação.
Lá, Di
Leonardo nos serviu pessoalmente, os vinhos que tive interesse de conhecer,
começando
pelo espumante:
O Sarà é um espumante feito pelo método clássico,
com as uvas: Pinot Bianco e Chardonnay (10%). Ele sofre um processo de segunda
fermentação em garrafa por 24 meses.
Partimos então para a
linha Cru dos brancos, sendo o primeiro denominado Gossip, que é feito
da cepa Pinot Grigio Ramato. Ele é fermentado
com as peles das uvas em cubas de inox.
O seguinte foi o Pinot
Grigio, da linha Monovitigno, que é fermentado
em cubas de inox, com processo malolático.
Da mesma linha provamos o
Sauvignon Blanc, usando uvas oriundas do Friuli e um clone de Sancerre,
fermentadas em cubas de inox.
Partimos então para
os tintos, começando pelo Refosco, cuja uva é
fermentada por 10 dias com sua casca (malolático).
Terminamos os tintos com o
Ronco Nolè, que é o único
vinho da vinícola que passa por barricas de carvalho
americano (12 meses). Ele usa as cepas: Merlot (50%), Refosco (25%) e Cabernet.
A fermentação, com a pele das uvas dura 15 dias (malolático).
Concluímos a
degustação com o vinho doce Pass the Copkies Bianco Passito. A uva fica secando por 3 meses e é fermentada em tanques de inox.
Os vinhos provados estavam
muito bons, de forma que me convenceram a levar um Passito e um espumante para
o Brasil.
Ainda fomos presenteados
com camisetas da vinícola e um maravilhoso livro de iguarias do Friuli.
Continuo com a opinião de
que, sempre que possível, devemos escolher visitas a vinícolas
onde o dono está presente.
A visita é
muito mais agradável
e em geral, percebemos o amor daqueles que cuidam de suas produções!
Agradeço à World Wine que me permitiu a visita e ao Tom,
que sempre me atende bem na sua loja da rua Amauri.
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