sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Di Lenardo, vinícola do Friuli Italiano

Eu conheci os vinhos da Di Lenardo numa liquidação da World Wine.


Foi lá que comprei e gostei do seu Merlot: Just Me.
Todos os vinhos da Di Lenardo tem nomes interessantes e estranhos.


É um produtor moderno.


Uma das poucas regiões que não conhecia da Itália era o Friuli.


Como em 2014 pretendia ir ao norte da Itália, resolvi conhecer o Friuli e aproveitar para visitar a Di Lenardo.

Entrei em contato com o Tom, vendedor da World Wine, que conseguiu para mim, uma visita à cantina.

Fiquei hospedado em Udine e de lá, fui para a vinícola.

Fui recebido pelo próprio dono, o simpático Massimo Di Lenardo, na sua cantina, muito organizada, praticamente impecável.


Ele gentilmente nos levou a conhecer algumas de suas plantações, onde as minúsculas uvas já apareciam nos cachos.

Voltamos à cantina, onde perguntei ao Di Lenardo, quem era o seu enólogo e ele me respondeu, com toda propriedade e segurança: Sou eu.


Disse também Di Lenardo: Eu não sou perfeito, mas me assusta o quanto perto estou de ser perfeito.

A vinícola dele produz vinhos de qualidade, proveniente de uvas, que vem de suas próprias parreiras, na região de Ontagnano (UD), situada no meio do Friuli.

Fisicamente as plantações e a adega ficam na área do Friuli DOC Grave e Aquileia, produzindo vinhos muito particulares, diferentes dos outros da região.


A sua família cultiva vinhas na região há muito tempo, porém só em 1987 conseguiu atingir um grande padrão de qualidade.

As uvas são colhidas à mão e depois passam por refinados métodos de produção, baseados em princípios físicos e temperatura controlada durante a fermentação.


Depois de conhecer a adega, onde apenas um vinho passa por barrica, fomos à sala de degustação.

Lá, Di Leonardo nos serviu pessoalmente, os vinhos que tive interesse de conhecer, começando pelo espumante:


O Sarà é um espumante feito pelo método clássico, com as uvas: Pinot Bianco e Chardonnay (10%). Ele sofre um processo de segunda fermentação em garrafa por 24 meses.


Partimos então para a linha Cru dos brancos, sendo o primeiro denominado Gossip, que é feito da cepa Pinot Grigio Ramato. Ele é fermentado com as peles das uvas em cubas de inox.


O seguinte foi o Pinot Grigio, da linha Monovitigno, que é fermentado em cubas de inox, com processo malolático.


Da mesma linha provamos o Sauvignon Blanc, usando uvas oriundas do Friuli e um clone de Sancerre, fermentadas em cubas de inox.


Partimos então para os tintos, começando pelo Refosco, cuja uva é fermentada por 10 dias com sua casca (malolático).


Terminamos os tintos com o Ronco Nolè, que é o único vinho da vinícola que passa por barricas de carvalho americano (12 meses). Ele usa as cepas: Merlot (50%), Refosco (25%) e Cabernet. A fermentação, com a pele das uvas dura 15 dias (malolático).


Concluímos a degustação com o vinho doce Pass the Copkies Bianco Passito. A uva fica secando por 3 meses  e é fermentada em tanques de inox.


Os vinhos provados estavam muito bons, de forma que me convenceram a levar um Passito e um espumante para o Brasil.

Ainda fomos presenteados com camisetas da vinícola e um maravilhoso livro de iguarias do Friuli.


Continuo com a opinião de que, sempre que possível, devemos escolher visitas a vinícolas onde o dono está presente. A visita é muito mais agradável e em geral, percebemos o amor daqueles que cuidam de suas produções!


Agradeço à World Wine que me permitiu a visita e ao Tom, que sempre me atende bem na sua loja da rua Amauri.

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