segunda-feira, 10 de julho de 2017

Mistral e Catena comemoram 25 anos de parceria

A Mistral promoveu, no dia 22 de maio de 2017, um evento que celebrou a parceria de 25 anos, com a produtora de vinho Argentina Catena.

A comemoração se deu num jantar no Jockey Club de São Paulo, com a presença do proprietário da vinícola, Nicolas Catena, a mais revolucionária personalidade do vinho argentino e de Ciro Lilla, proprietário da Mistral.

O Jantar começou com várias entradas, de muito bom gosto, acompanhadas do delicioso Angelica Zapata Chardonnay 2013. Um vinho equilibrado, com longa persistência. As uvas deste vinho vem todas de um vinhedo de alta altitude, localizado a 1480 m. Este Chardonnay custa R$160,00.

Como entrada tivemos um confit de bacalhau com grão de bico, tomate confit e azeitonas pretas.

O vinho que acompanhou esta entrada foi o Catena Alta Chardonnay 2013. Também equilibrado, complexo, sem aquela doçura características de muitos Chardonnay da América do Sul. Um grande vinho, comparado aos Borgonha e custa R$194,00.

O primeiro prato foi um delicioso papardelle na manteiga, com ragu de ossobuco.

O vinho servido então foi o Catena Alta Cabenet Sauvignon 2001, que se mostrou um vinho com maturidade a ser apreciado plenamente. Ele é muito equilibrado, concentrado e com muita elegância, uma vez que envelheceu em garrafa por 15 anos.

O prato seguinte foi um bife de chorizo ao molho bearnaise acompanhado por batata rústica, suculento e muito macio!

Desta vez o foi acompanhado pelo vinho Catena Alta Malbec, de safra escolhida da adega privada da família Catena. Um Malbec realmente extraordinário, intenso e com taninos aveludados. Ele foi classificado como um dos 100 vinhos melhores do mundo, por 3 anos, pela Wine Spectator.

A sobremesa deliciosa era uma seleção de mini patisserie, de mil folhas de baunilha e mini creme brulée.

O vinho Catena Sémillon Doux 2012 foi o escolhido para harmonizar com estes docinhos. Este vinho foi inspirado nos Sauternes. As uvas que fizeram este vinho são, em geral, plantadas em altitudes elevadas e atacadas pelo fungo Botrytis Cinerea, colhidas em 3 etapas. É um vinho delicado, com boa acidez e muito equilibrado.




Ainda, como gentileza os convidados ganharam uma garrafa magnun de Malbec 2014!

O evento foi excepcional!

Vou agora contar um pouco sobre a parceria Catena com Ciro Lilla:


Em busca de vinhos de localidades diferentes, das poucas que dominavam o mercado brasileiro na época, já em 1992, motivado por bons comentários de alguns produtores franceses e californianos, o visionário Ciro Lilla buscou aproximação com a vinícola Catena.

Na época, o vinho argentino tinha má reputação no Brasil e no mundo, e era muito pouco exportado. No ano seguinte, Elena Catena, esposa de Nicolás, o recebeu na feira Vinexpo de Bordeaux e lhe apresentou vinhos que encantaram ao primeiro gole. A Mistral e o Brasil se tornariam assim, ao lado da Inglaterra, os primeiros importadores dos vinhos Catena no mundo.

De lá para cá, o relacionamento entre as duas famílias se estreitou cada vez mais, e Catena e seus vinhos se firmaram como uma das maiores estrelas da enologia mundial.

Catena promoveu 3 grandes revoluções sucessivas no vinho argentino:

No final dos anos 1980, Nicolas melhorou seus vinhos, reduzindo a produtividade dos vinhedos, focando na qualidade dos vinhos e aplicando técnicas modernas, inspiradas nas vinícolas da Califórnia e Bordeaux.

Passou a produzir vinhos de maior elegância, a partir dos anos 1990, transformando-se no pioneiro mundial no cultivo de vinhas em grande altitude, e resgatando a casta Malbec. Realizou a seleção clonal desta casta hoje tão famosa, utilizando plantas quase centenárias de seus vinhedos. A Malbec viria a se tornar assim uma das uvas mais bem sucedidas do mundo.

Catena tem buscado por vinhos de grande expressão do território, encontrou os primeiros vinhedos considerados "Grands Crus" da Argentina, notadamente o excepcional vinhedo Adrianna, com suas parcelas de diferentes terroirs e personalidades. Nos últimos anos, o vinhedo Adrianna deu origem a tintos e brancos de um nível inédito na América do Sul, com os profundos Chardonnays White Bones e White Stones, e os três grandes Malbecs Fortuna Terrae (100 pontos de James Suckling), River Stones e Mundus Bacillus Terrae.

A inovação de Catena tem sido incessante, com uma quantidade impressionante de projetos de pesquisa simultâneos sendo realizados no Catena Institute of Wine, em Mendoza. O instituto pesquisa e publica artigos em jornais científicos internacionais respeitados, estudando a influência de inúmeros fatores na qualidade dos vinhos e vinhedos de Mendoza.

Nos últimos 25 anos, Catena se tornou um dos produtores de maior prestígio no mundo. O trabalho da vinícola ganhou reconhecimento nos principais mercados do mundo e o produtor foi agraciado com prêmios e homenagens inéditas para uma vinícola da América do Sul ― incluindo o prestigioso título de "Homem do Ano" da revista inglesa Decanter, e vinhos classificados com até 99 pontos pelo crítico Robert Parker.

A qualidade dos vinhos de Catena, assim como sua reputação, continuam a crescer ano após ano. Na lista de Robert Parker dos 20 melhores vinhos da Argentina em 2016, quase a metade tem a mão de Catena: são 6 da Catena Zapata e 3 da Aleanna (de sua filha Adrianna e de Alejandro Vigil, enólogo-chefe da Catena Zapata).

Também em 2016, depois de provar 700 vinhos argentinos, o crítico americano James Suckling (antigo editor da Wine Spectator) concedeu 100 pontos a apenas um: Adrianna Vineyard Fortuna Terrae 2012, de Catena Zapata, um dos vinhos provenientes das diferentes parcelas do grand cru Adrianna.

No guia de vinhos dedicado à América Latina, o "Descorchados" 2017, o vinho Adrianna White Bones 2013 recebeu 97 pontos, eleito o melhor Chardonnay da Argentina.

Aos 76 anos, casado há 54 com Elena Maza, Nicolás Catena se mantém em plena atividade. Comparece diariamente à sede da empresa em Buenos Aires, e viaja com frequência à vinícola em Mendoza, especialmente para degustar as amostras de vinhos que entrarão na composição de seus rótulos. Todo ano são realizadas de 1200 a 1500 micro-vinificações em pequenos tanques de aço inox ou em tonéis de madeira.

Por estas e outras participar de tal evento, com vinhos extraordinários e festejar uma produtora de alto nível e esta amizade, foi para mim uma alegria e uma oportunidade de participar desta festa!

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