Partimos de Lecce, na Puglia,
em direção à Matera, que fica na Basilicata.
Conhecida
como a cidade subterrânea, Matera (https://www.youtube.com/watch?v=WMXL80JHVFE) é uma das mais
antigas cidades habitadas do mundo. Seu centro histórico, conhecido como
Sassi (pedras)
di
Matera, junto
com Parque das Igrejas Rupestres, foi classificado como Património Mundial pela UNESCO
em 1993, primeira atração do sul da Itália.
O Sassi é um conjunto de habitações cavadas na própria rocha calcária, característico da Basilicata e da Puglia. Muitas habitações são
realmente pouco mais do que cavernas, e em algumas partes podemos ver passar uma rua, logo acima de outro grupo de
moradias.
Até o final da década de 1980, o Sassi
era considerado uma área de pobreza, uma vez
que suas habitações eram, na maioria dos casos ainda são, inabitáveis. No entanto, a
atual administração local tornou-se mais orientada para o turismo e promoveu a
regeneração do Sassi com a ajuda do governo italiano, da UNESCO e de Hollywood.
Hoje existem muitas empresas prósperas, pubs e hotéis por lá.
Em
Matera foram gravados muitos filmes por causa da paisagem da cidade. Entre os mais famosos
estão: O Evangelho segundo São Mateus (1964), de Pier
Paolo Pasolini e A paixão de Cristo (https://www.youtube.com/watch?v=XOjGF_5y7x4), (2004) de Mel
Gibson.
Matera
é uma cidade impressionante, encantadora que mais parece um presépio, com suas
cavernas e construções antigas.
Como
no resto du sul da Itália, é uma cidade mais simples que as do norte e merecia
mais cuidados por parte do governo. De qualquer forma, seus terraços oferecem
vistas deslumbrantes, principalmente à noite, com suas casas e ruas iluminadas!
Para
percorrer a cidade antiga, é necessário um bom planejamento e também um bocado
de fôlego, uma vez que ela se desenvolve num morro, com muitas escadas e becos.
No entanto, vale a pena este esforço, pois só assim se pode ter uma noção do
local.
No
primeiro dia que estávamos em Matera, subimos até a catedral à pé e voltamos
para então comer uma deliciosa salada e polvo com batatas numa lanchonete
chamada Mosto.
No
dia seguinte, caminhamos pela cidade baixa, onde pudemos visitar a Casa Grotta,
que fica numa caverna preservada no seu tempo. As casas por ali eram escavadas
em vários níveis, e tinham até mesmo um local para os animais ficarem na parte
de baixo, a fim de aquecerem a casa como um todo.
Nesta
casa que visitamos, ao seu lado ficava uma igreja com lindos afrescos na
parede.
A
habitação naquela época era precária e os animais coabitavam com os homens. O
banheiro também ficava junto ao quarto. Num espaço como este, morava toda uma
família.
As
únicas partes independentes eram a cozinha e um outro cômodo, sem portas para
separá-los.
Os
Sassi de Matera hoje tem um lado mais atual, com bares, por exemplo, onde pude
provar vinho simples e local, bem parecidos com os da Puglia.
Matera
fica próxima à fronteira com a Puglia.
Neste
passeio que fizemos, outra opção é a de atravessar para o outro lado do rio.
Nós, no entanto, retornamos à parte alta da cidade, onde nos deliciamos com os
sorvetes italianos e com o café local, sempre extraordinário!
À
noite fomos jantar no restaurante San Biaggio que oferece uma vista noturna
incrível do presépio de Matera e que prepara uma comida deliciosa!
Eu
tive um grande amigo com este nome “Biaggio”, que de cara, me inspirou para
fazer uma refeição neste local!
Pedimos
de entrada azeitonas frescas na cassarolinha, cozidas no azeite e salvia. Achei
uma delicia prová-las, apesar de certo amargor.
Provamos
também o vinho branco Immortale, da Azienda Catalano, da Basilicata. Um
delicioso vinho da cepa Falanghina.
No
rótulo do vinho estava escrito: “A vida pergunta à morte: Por que as pessoas me
amam e te odeiam? A morte responde: Porque você é uma belíssima mentira,
enquanto eu sou uma terrível verdade”.
Comemos
também uns frios (speak, presunto cru e copa), servidos com pera cozida no
vinho tinto. Uma maravilha!
Como
pratos principais, pedimos um delicioso agnello com caponata e espaguete a la
chitarra com pesto de mandorle e
guanciale (bochecha de porco defumada).
O
vinho que acompanhou esta empreitada foi o O Vignable, da cepa Aglianico de Vulture,
da Cantina di Venosa. Em geral, eu peço vinhos da região, pois normalmente
casam bem com os pratos.
O
jantar foi muito agradável e o garçom, muito atencioso, tanto que aproveitei
para tirar uma foto com ele!
Vale
muito a pena jantar no San Biaggio!
Em Matera, ficamos
hospedados no hotel Hilton
Garden Inn, em apto duplo standard, com taxas e café da manhã por E$193 para 2
dias. Este hotel fica fora do centro histórico, é moderno e tem boas
instalações.
italy-BRIMAGI/index.html.
Depois,
seguimos viagem até Taormina, na Sicília.
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